Caracterização fenólica (HPLC-DAD-ESI/MS) e bioativa de extratos ricos em moléculas conservantes Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • Com o intuito de valorizar subprodutos industriais e promover processos sustentáveis, o presente trabalho teve como objetivo explorar as cascas, sementes e fibras resultantes do processamento da abóbora como fonte de compostos bioativos com capacidade conservante. Assim, foram avaliados os subprodutos de três variedades cultivadas na Argélia, nomeadamente ‘Gold nugget pumpkin’, ‘Butternut Squash’ e ‘Musqueé de Provence’. A composição fenólica foi avaliada por HPLC-DAD-ESI/MSe o potencial conservante dos extratos foi demonstrado através da análise da atividade antioxidante, por dois métodos biológicos (TBARS e OxHLIA), e antimicrobiana, contra oito estirpes de bactérias e duas de fungos. Todas as amostras apresentaram capacidade de inibição microbiana e elevada atividade antioxidante, com destaque para as sementes, especialmente da variedade ‘Gold nugget pumpkin’ que apresentou um valor de IC50 inferior ao do controlo positivo Trolox no ensaio TBARS. As sementes também apresentaram melhor atividade antibacteriana do que os restantes subprodutos, protegendo contra sete das oito estirpes bacterianas testadas, na concentração máxima de 10 mg/mL. Relativamente ao perfil fenólico, conforme apresentado na Figura 1, foram tentativamente identificados sete compostos, sendo estes o flavan-3-ol (-)-epicatechin ([M-H]- at m/z 289; pico 1), o ácido cítrico ([M-H]- at m/z 191; pico 2), o ácido fenólico 4-O-(6′-O-glucosyl-4″-hydroxybenzoyl)-4- hydroxybenzyl alcohol ([M-H]- at m/z 405; pico 3), e quatro flavonoides nos restantes picos. Curiosamente, as cascas e as fibras apresentaram maior quantidade e heterogeneidade de compostos fenólicos totais do que as sementes. Estes resultados provam o potencial dos subprodutos de abóbora como fontes económicas e promissoras de compostos conservantes, favorecendo processos industriais mais sustentáveis.

data de publicação

  • dezembro 2022