Amêndoa: uma fonte de compostos bioativos Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • Desde a antiguidade, a amêndoa (Prunus dulcis (Mill.) D. A. Webb) tem sido muito apreciada, pelo seu excelente sabor, textura e valor nutricional. No presente trabalho discute-se a composição química da amêndoa e seu efeito na saúde, sendo apresentados e discutidos diversos trabalhos realizados neste fruto seco, nos últimos 20 anos. Em termos gerais, a amêndoa é um alimento rico em energia, resultado do teor elevado em gordura, cerca de 50%, o principal componente, seguido da proteína (17-24%) e hidratos de carbono (14-27%). Pelo contrário, os teores de cinzas e água são geralmente inferiores a 5%. Outro ponto positivo da composição da amêndoa é a sua gordura ser predominante insaturada (mono e polinsaturada), e constituída principalmente pelos ácidos gordos oleico (C18:1) e linoleico (C18:2), com teores apreciáveis do ácido gordo saturado esteárico (C18:0). Além disso, este fruto seco é uma excelente fonte de a-tocoferol (Vitamina E), manganês, magnésio, cobre, fósforo, fibra e riboflavina. Embora a amêndoa tenha um alto teor em gordura, a ingestão de 4 g/dia deste fruto seco não acarreta ganho de peso e reduz em 1% a concentração das lipoproteínas de baixa densidade (LDL), lipoproteínas associadas ao transporte do colesterol no corpo humano. É também conhecida a acção benéfica da amêndoa como anti-inflamatória, e com bons resultados em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Outras propriedades interessantes têm sido reportadas como o facto da amêndoa finamente triturada (sem película) apresentar um índice prebiótico superior aos fruto-oligossacarídeos. Nesta comunicação dá-se conta dos avanços recentes no tema e do que está em desenvolvimento no âmbito do projecto ValNuts, encontrando-se neste momento a serem caracterizadas diversas variedades de amêndoa existentes na região de Trás-os-Montes em termos físico-químicos.

data de publicação

  • novembro 2018