Atividade antimicrobiana de Acacia tortilis em patogénicos comensais e microbiota vaginal não patogénica Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • Enquadramento: a vaginose Bacteriana (VB) é a doença infeciosa mais comum do trato vaginal, afeta muitas mulheres em todo o mundo e ocorre quando há um desequilíbrio na microbiota vaginal, ocorrendo diminuição de Lactobacillus 1-4. A Acacia tortilis é conhecida pelas suas propriedades medicinais de entre as quais se destacam a sua atividade antibacteriana e antifúngica. Objetivo: avaliar a atividade antimicrobiana do extrato hidroetanólico de Acacia tortilis em patogénicos vaginais e em microbiota vaginal humana. Metodologia: estudo experimental. O extrato hidroetanólico de A. tortilis foi obtido por um método de maceração com agitação utilizando etanol/ água (80:20 v/v) à temperatura ambiente. A atividade antimicrobiana foi avaliada pelo método da microdiluição e ensaio colorimétrico com cloreto de p-iodonitrotetrazólio (INT). Resultados: o extrato hidroetanólico apresentou valores de concentrações mínimas inibitórias (CMIs) bastante promissoras em microrganismos patogénicos como Escherichia coli, Proteus mirabilis e Gardenerella vaginalis (1,25 mg/mL). Já para Neisseria gonorrhoeae, a CMI aumentou para 5 mg/mL. Relativamente à microbiota vaginal não-patogénica, os três Lactobacillus testados apresentaram CMIs de 5 mg/mL. Comparando as CMIs dos patogénicos comensais com a microbiota vaginal não patogénica comensal, verificamos que para uma concentração de 2,5 mg/mL de extrato, foram inibidos alguns patogénicos comensais como Gardenerella vaginalis, Proteus mirabilis e Escherichia coli, no entanto, os Lactobacillus (casei, plantarum , delbrueckii subs. bulgaricus LMG) testados não sofreram inibição. Conclusão: o extrato hidroetanólico de Acacia tortilis inibiu o crescimento de alguns patogénicos comensais sem afetar o crescimento da microbiota vaginal não patogénica (Lactobacillus).

data de publicação

  • janeiro 1, 2018