Microencapsulação de um extrato de rosa micrantha para utilização na área alimentar
Artigo de Conferência
Visão geral
Pesquisas
Ver Todos
Visão geral
resumo
Os extratos de plantas são fontes abundantes de compostos fenólicos com propriedades
antioxidantes reconhecidas. Dados os benefícios que aportam para a saúde humana, estes
assumem grande relevância na indústria alimentar, nomeadamente no desenvolvimento de
alimentos funcionais. No entanto, estes compostos de reconhecida instabilidade, podem sofrer
alterações durante o processamento dos alimentos onde são incorporados e processos
metabólicos. Neste contexto, a microencapsulação possibilita a proteção destes antioxidantes
naturais, permitindo ainda a sua libertação controlada1. O presente trabalho teve como objetivo
avaliar as propriedades antioxidantes do extrato hidroalcoólico de Rosa micrantha Borrer ex Sm e
do seu flavonoide maioritário, a catequina, na sua forma livre e microencapsulada quando
incorporados num iogurte natural. Para o efeito foram preparadas microesferas de alginato
utilizando uma técnica de microencapsulação por spray seguida de coagulação. O processo foi
otimizado numa primeira fase utilizando a catequina como composto modelo, sendo
posteriormente aplicada ao extrato de R. micrantha. Quando comparada com o seu homólogo
microencapsulado, a incorporação direta do extrato de R. micrantha conduziu a produtos com
atividade antioxidante inicial superior (avaliação para t=0). No entanto, os iogurtes aditivados com
o microencapsulado apresentaram uma capacidade de manutenção da atividade antioxidante
superior (avaliação para t=3 dias). No que respeita à catequina, esta apresentou uma grande
instabilidade, sendo que a sua microencapsulação pelo processo utilizado não conduziu a
melhorias significativas da preservação da sua atividade antioxidante com o tempo e quando
incorporada no iogurte.