Efeito do método de extração no perfil fenólico e na atividade antioxidante de extratos de casca de marmelo
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resumo
O marmelo é o fruto de uma pequena árvore decídua (Cydonia oblonga Mill.) nativa do
Cáucaso e cultivada em vários países, incluindo Portugal. Devido ao seu sabor amargo e
adstringente, o marmelo é geralmente processado em produtos alimentares açucarados,
tais como a marmelada, um doce típico português. Durante a confeção deste alimento, a
casca deste fruto é frequentemente descartada como subproduto. Apesar disso, estudos
anteriores apontaram que a casca do marmelo possui compostos bioativos com efeitos
promotores de saúde, bem como propriedades bioativas [1]. Assim, este trabalho teve
como objetivo comparar o perfil fenólico e a atividade antioxidante in vitro de extratos de
casca de marmelo obtidos por maceração dinâmica hidroetanólica (1 h + 1 h de extração) e
decocção (5 min de fervura + 5 min de repouso). Para isso, o rendimento de extração foi
avaliado gravimetricamente e os compostos fenólicos detetados nos extratos foram
caracterizados por HPLC-DAD-ESI/MSn [2]; a atividade antioxidante in vitro foi avaliada
através do ensaio de inibição da formação de substâncias reativas aos ácido tiobarbitúrico
(TBARS) e da hemólise oxidativa [2]. A análise cromatográfica permitiu identificar três
classes de compostos fenólicos, nomeadamente ácidos fenólicos, flavonóis e flavan-3-óis.
O conteúdo de compostos fenólicos foi de 4,70 mg/g no extrato hidroetanólico e de 4,27
mg/g no extrato aquoso. O extrato hidroetanólico foi mais eficaz em inibir a peroxidação
lipídica e a hemólise oxidativa do que o extrato preparado por decocção, o que concordou
com os maiores teores de flavan-3-óis. Embora os métodos de extração testados tenham
empregue diferentes solventes, tempos de processamento e temperaturas, a maceração
dinâmica hidroetanólica foi mais adequada para obter extratos com maiores teores de
polifenóis e maior atividade antioxidante. Assim, os resultados evidenciaram que o método
de extração afeta a extração de compostos fenólicos e, consequentemente, a atividade
antioxidante. Desta forma, a casca do marmelo poderá ser reinserida na cadeia de valor
através da sua reutilização em ingredientes naturais antioxidantes para alimentos e
bebidas.
O marmelo é o fruto de uma pequena árvore decídua (Cydonia oblonga Mill.) nativa do Cáucaso e cultivada em vários países, incluindo Portugal. Devido ao seu sabor amargo e adstringente, o marmelo é geralmente processado em produtos alimentares açucarados, tais como a marmelada, um doce típico português. Durante a confeção deste alimento, a casca deste fruto é frequentemente descartada como subproduto. Apesar disso, estudos anteriores apontaram que a casca do marmelo possui compostos bioativos com efeitos promotores de saúde, bem como propriedades bioativas [1]. Assim, este trabalho teve como objetivo comparar o perfil fenólico e a atividade antioxidante in vitro de extratos de casca de marmelo obtidos por maceração dinâmica hidroetanólica (1 h + 1 h de extração) e decocção (5 min de fervura + 5 min de repouso). Para isso, o rendimento de extração foi avaliado gravimetricamente e os compostos fenólicos detetados nos extratos foram caracterizados por HPLC-DAD-ESI/MSn [2]; a atividade antioxidante in vitro foi avaliada através do ensaio de inibição da formação de substâncias reativas aos ácido tiobarbitúrico (TBARS) e da hemólise oxidativa [2]. A análise cromatográfica permitiu identificar três classes de compostos fenólicos, nomeadamente ácidos fenólicos, flavonóis e flavan-3-óis. O conteúdo de compostos fenólicos foi de 4,70 mg/g no extrato hidroetanólico e de 4,27 mg/g no extrato aquoso. O extrato hidroetanólico foi mais eficaz em inibir a peroxidação lipídica e a hemólise oxidativa do que o extrato preparado por decocção, o que concordou com os maiores teores de flavan-3-óis. Embora os métodos de extração testados tenham empregue diferentes solventes, tempos de processamento e temperaturas, a maceração dinâmica hidroetanólica foi mais adequada para obter extratos com maiores teores de polifenóis e maior atividade antioxidante. Assim, os resultados evidenciaram que o método de extração afeta a extração de compostos fenólicos e, consequentemente, a atividade antioxidante. Desta forma, a casca do marmelo poderá ser reinserida na cadeia de valor através da sua reutilização em ingredientes naturais antioxidantes para alimentos e bebidas.