A construção do portefólio no 1.º ciclo do ensino básico
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Visão geral
resumo
A introdução de um inovador instrumento, de trabalho e de avaliação, na sala de aula, exige tempo
para que, crianças e professores se apropriem dos seus reais objetivos e relevância no processo de
ensino e aprendizagem. O portefólio, cuja atenção deverá ser orientada para os processos, envolve
procedimentos que carecem de disponibilidade, empenho e dedicação de todos os que o elaboram.
Entendemos que a sua construção deverá ser amplamente participada, autêntica e valorizada pelas
crianças, assumindo o professor o papel de orientador e a criança será a protagonista. Desta forma,
passar-se-ia a escutar as crianças, dando-lhe a possibilidade de elas próprias refletirem sobre as atividades
e trabalhos realizados, evidenciando os seus progressos ou retrocessos. O presente artigo surge
no âmbito do relatório final de estágio do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.o Ciclo
do Ensino Básico que teve como objetivos recorrer ao portfólio enquanto instrumento de avaliação e
compreender o contributo da construção do portfólio para as aprendizagens das crianças do 1.o Ciclo
do Ensino Básico, numa sala de 2.o ano de escolaridade. A metodologia adotada inscreve-se numa
abordagem qualitativa e os dados foram recolhidos através da observação participante, de notas de
campo e de grelhas de análise para os portefólios. Os resultados mostram que a construção deste novo
elemento deverá ser gradual e progressiva de forma a que as crianças entendam a sua funcionalidade
e adquiram responsabilidade e autonomia na sua construção. A análise dos portefólios revela uma
visão global do percurso da criança, das experiências e descobertas, bem como do processo de ensino
e aprendizagem. Mostra também que ao envolver as crianças no processo de revisão, análise, reflexão
e seleção de trabalhos a incluir no seu portefólio adquirem uma maior consciência sobre as suas
aprendizagens podendo mais facilmente autoavaliar-se.