Análise cromatográfica de compostos hidrofílicos em acessos de tomate (Solanum lycopersicum L.) conservados ex-situ
Artigo de Conferência
Visão geral
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resumo
O Banco Português de Germoplasma Vegetal (BPGV), situado em Braga, acolhe e conserva coleções
representativas de germoplasma dos mais importantes recursos agrícolas de Portugal Continental e
Ilhas. A manutenção destas coleções exige que o material vegetal seja regenerado e caracterizado
periodicamente. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo fazer uma caracterização química dos
acessos das variedades tradicionais de tomate (Solanum lycopersicum L.) apresentados na Tabela 1. As sementes conservadas ex-situ foram regeneradas e multiplicadas nos campos experimentais do
BPGV e os frutos maduros foram analisados quanto à sua composição em açúcares livres e ácidos
orgânicos. Estes compostos hidrofílicos foram determinados por cromatografia líquida de alta eficiência
(HPLC) acoplada a um detetor de índice de refração ou a um detetor de fotodíodos, respetivamente [1].
Com base nesta análise foi possível verificar que o acesso 12260 tinha os maiores teores de frutose,
glucose e açúcares totais, enquanto que a sacarose foi particularmente abundante no acesso 13034. Foi
possível identificar os ácidos oxálico, málico, ascórbico e cítrico (o mais abundante) em todas as
amostras. O acesso 13034 apresentou as maiores concentrações de ácido oxálico, ácido cítrico e
ácidos orgânicos totais. O ácido málico e o ácido ascórbico foram particularmente abundantes nos
acessos 12260 e 12437, respetivamente. Este trabalho destacou os acessos de tomate coração-de-boi
(originários de Bragança e Guarda) como sendo ricos em açúcares e ácidos orgânicos, compostos
relevantes do ponto de vista organolético e nutricional.