No presente trabalho procurou-se estudar o crescimento testicular dos borregos da raça Churra Galega Bragançana, durante o processo de estabelecimento da puberdade fisiológica. Considerou-se que os borregos tinham atingido a puberdade fisiológica, quando ejacularam os primeiros espermatozóides. Um grupo de 15 borregos desta raça, pertencentes ao rebanho experimental da Escola Superior Agrária de Bragança (ESAB), nascidos de parto simples, durante a Primavera, foram utilizados na elaboração deste estudo.
Quando se iniciou o presente trabalho, as aderências penianas dos borregos da raça Churra Galega Bragançana, então com idades compreendidas entre os 109 e os 133 dias, já haviam desaparecido. Nos borregos em estudo, os primeiros espermatozóides surgiram no ejaculado, em média, 183 dias após o nascimento, altura em que estes apresentavam um peso médio de 33,8 kg, ou seja, cerca de 45% do seu peso adulto. Nesta altura, o perímetro escrotal médio dos borregos era de 24,0 cm, o comprimento testicular de 9,4 cm, o diâmetro testicular de 4,9 cm e o volume escrotal de 81,3 cm3. Ao longo de todo o estudo, o crescimento dos testículos processou-se sempre dum modo bastante simétrico. Depois do estabelecimento da puberdade fisiológica, o peso corporal dos borregos passou a estar mais correlacionado com a idade cronológica. Se durante o período pré-puberdade fisiológica, o perímetro escrotal variou mais em função da idade e o volume escrotal e o comprimento e o diâmetro testiculares variaram mais em função do peso, depois do aparecimento da puberdade fisiológica, ambas as medidas escrotais passaram a variar mais em função da idade, enquanto que o oposto ocorreu com as medidas testiculares.
autores
Teresa Maria Montenegro de Araújo Almendra Correia