Valorização de produtos na produção de extrudidos Artigo de Conferência Livro uri icon

resumo

  • Constituiu objetivo deste trabalho estudar a possibilidade tecnológica de produção de extrudidos à base de farinha de castanha. Delineou-se um plano experimental do processo de extrusão-cozedura, considerando três factores (X1,X2 e X3), cinco níveis para cada fator (0; 1; 1; 1,68179; -1,68179) e seis réplicas do ponto central (0). Numa extrusora de parafuso simples, fizeram-se variar parâmetros como a proporção das matérias-primas, milho (M) e castanha (C) – 80M:20C; 64M:36C; 40M:60C; 16M:84C; 0M:100C; o teor de humidade (%) das misturas a processar – 12, 14, 16, 18 e 20; e a temperatura de processamento (°C) – 150, 164, 185, 205 e 220. Avaliaram-se comparativamente as características dos produtos extrudidos obtidos nas diversas combinações das farinhas de milho e de castanha, nas múltiplas condições ensaiadas, através das modificações funcionais dos amidos, designadamente, pelo comportamento amilográfico, e por avaliação instrumental da textura, através de parâmetros como a taxa de expansão, a força de ruptura e a energia de ruptura. Com base nestes resultados estabeleceu-se, numa segunda fase, um novo plano, substituindo a variável X3 (% de incorporação de castanha) pela velocidade do parafuso (r.p.m.) - 120, 155, 170, 185 e 220 – mantendo-se fixa a composição (100% castanha). A farinha de castanha apresenta uma baixa temperatura de gelatinização (59 °C), e elevada consistência nas suas pastas. Verificou-se que o seu amido - que constitui cerca de 49%, em base seca – apresenta uma relação amilose/amilopectina de 0,75, que é superior à da maioria dos cereais, como o milho ensaiado (cerca de 0,32). As maiores alterações ocorreram nas matérias-primas com baixos teores de humidade e a temperaturas de extrusão elevadas. O comportamento amilográfico das diversas misturas e as características de textura dos produtos extrudidos mostraram que a farinha de castanha tem potencial para ser utilizada como ingrediente na formulação de produtos por extrusão.
  • Nestas Atas publicam-se os trabalhos apresentados no IX Congresso Ibérico de Agroengenharia que se realizou de 4 a 6 de setembro de 2017, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança. Este congresso foi organizado conjuntamente pela Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança, pela Secção Especializada de Engenharia Rural da Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal e pela Sociedad Española de Agroingeniería. No IX Congresso Ibérico de Agroengenharia foram apresentadas cento e três comunicações orais e cinquenta e duas comunicações em forma de poster. As comunicações estão distribuídas pelas dez áreas temáticas do congresso: Construções; Energia; Inovação Educativa em Agroengenharia; Mecanização; Tecnologia da Produção Animal e Aquicultura; Tecnologia Pós-colheita; Projetos, Meio Ambiente e Território; Solos e Águas; Tecnologias de Informação e Controlo de Processos; e Agricultura de Montanha. Durante o IX Congresso Ibérico de Agroengenharia foram analisadas as mais avançadas inovações técnicas e metodológicas na área da Agroengenharia. Foram apresentadas comunicações orais e posters sobre o uso eficiente da água, energia e outros recursos, sustentabilidade, controlo de erosão, tratamento e valorização de resíduos, uso de TIC e tecnologias emergentes e qualidade da produção. Nas várias sessões do congresso foram apresentados diversos trabalhos, de onde sobressaem temas relacionados com : - a aplicação eficiente de fitossanitários e os avanços em operações mecanizadas; - o uso eficiente da água e de novas técnicas de tratamento de águas residuais; - a utilização de ferramentas de Zootecnia de precisão com aplicação na melhoria da eficiência de utilização dos recursos alimentares, do bem-estar animal e no controlo ambiental das instalações pecuárias; - as novas tecnologias informáticas para modelação e simulação e o desenvolvimento de materiais sustentáveis incluindo a construção com madeira; - o emprego de resíduos para a produção de energia, bem como a utilização sustentável da energia enquanto fator de produção; - o uso de imagens de teledeteção e novas aplicações SIG; - técnicas avançadas, como a interferometria, e a sua aplicação em soluções para temas sociais, culturais e económicos; - o controlo e qualidade, e o uso de técnicas como a espectroscopia e a irradiação com vista à valorização dos produtos: - o controlo da erosão e o uso de TIC (tecnologias de informação e comunicação) na gestão florestal. - a possibilidade de colaboração entre disciplinas e o uso de plataformas avançadas na formação online, tendo em vista a inovação educativa em Agroengenharia. De todas estas sessões sobressai a conclusão da importância da Agroengenharia na melhoria e modernização dos sectores produtivos, no desenvolvimento rural e na qualidade, segurança e sustentabilidade da produção de alimentos.

data de publicação

  • janeiro 1, 2018