Diagnóstico de mastites subclínicas caprinas pelo método do doseamento de Amilóide A do leite Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • As mastites são responsáveis por perdas económicas extremamente elevadas nos ruminantes leiteiros e, deste ponto de vista, a forma subclínica é a mais preocupante. Assim, o diagnóstico realizado de forma precoce e eficaz torna-se numa das medidas mais importantes no controlo desta doença. A mensuração das proteínas da fase aguda da inflamação (PFA), para deteção de mastites, tem sido alvo de várias pesquisas em bovinos e diversos estudos comprovam um incremento na produção de haptoglobina e Amilóide A (AA) séricas em vacas com mastites clínicas e subclínicas. Apesar da reduzida literatura disponível em pequenos ruminantes, a Amilóide A sérica está indicada como a PFA mais sensível em ovinos. Recentemente foi descoberta uma isoforma específica de AA no leite de bovinos e ovinos, denominada por Amilóide A do leite. Esta é produzida pelas células epiteliais e aumenta de forma precoce em situações de mastite. Com este estudo pretendeu-se avaliar a utilidade do doseamento de Amilóide A do leite, através de um ensaio imunoenzimático, no diagnóstico de mastites em caprinos. Na realização deste trabalho foram utilizadas 144 amostras de metades mamárias. Foram recolhidas semanalmente amostras em 12 cabras de raça Serrana, durante 6 semanas consecutivas, no período da manhã e previamente à ordenha. Com base nos resultados microbiológicos e da contagem de células somáticas as metades mamárias foram divididas em 4 grupos: metades mamárias saudáveis, glândulas mamárias com mastites subclínicas e mastites subclínicas duvidosas (latentes e inespecíficas). Os resultados das concentrações de Amilóide A do leite mostraram diferenças significativas (p<0,05) entre as glândulas mamárias saudáveis e as que apresentavam mastites subclínicas e entre o grupo com mastites subclínicas inespecíficas e os restantes grupos. Os resultados deste estudo apontam o doseamento da Amilóide A do leite como uma técnica útil para distinguir as metades mamárias saudáveis das que apresentam mastites subclínicas. Porém, esta distinção encontra-se condicionada pelas mastites subclínicas inespecíficas.

data de publicação

  • janeiro 1, 2014