Microencapsulação de extratos aquosos de funcho e camomila para funcionalização de requeijões
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resumo
Introdução: Os extratos derivados de plantas são ingredientes muito procurados para funcionalizar
alimentos. Foeniculum vulgare Mill. (funcho) e Matricaria recutita L. (camomila) são exemplos de
plantas ricas em compostos fenólicos, que apresentam propriedades antioxidantes e antimicrobianas.
No entanto o uso de extraias naturais como aditivos alimentares pode ser limitado uma vez que,
após extração são suscetíveis de degradação. Assim, a microencapsutação surge como uma forma
de superar estas limitações uma vez que, protege os extratos da ação de diversos fatores
ambientais, tais como oxigénio, luz, humidade ou calor, assegurando um aumento da sua
estabilidade.
Objetivos: Neste trabalho, incorporaram-se em requeijões microesferas contendo extratos de plantas,
de forma a preservar a sua atividade antioxidante que no caso de requeijões aditivados com extratos
livres diminuía ao fim de 7 dias.
Material e métodos: Os extraias aquosos de funcho e camomila foram tiofilizados e utilizados como
Princípío ativo. As microesferas foram preparadas utilizando uma técnica de atomização/coagulação
utilizando alginato de cálcio como material de matriz. As microsferas foram caracterizadas quanto à
sua morfologia e tamanho através de microscopia ótica (MO), durante e após a atomízação. Para
verificar a efetiva incorporação do extraio na matriz de alginato foi usado o FTIR. A eficiência de
encapsulação (EE) foi avaliada por HPLC-DAD. Os extratos livres e microencapsulados foram
incorporados em amostras de requeijão que, posteriormente, foram analisadas nutricionalmente e no
que concerne ao seu potencial antioxidante, imediatamente após a incorporação, e após 7 e 14 dias
de armazenamento a 4°C.
Resultado e discussão: A análise por MO permitiu concluir que a incorporação dos extratos foi eficaz
e com uma distribuição homogénea no interior das microesferas. A presença dos extratos no interior
das microesferas foi confirmada por FTIR e a EE foi próxima de 100% para ambas as amostras. Em
termos nutricionais, os requeijões funcionalizados não apresentaram alterações significativas em
relação ao controlo e a atividade antioxidante aumentou ao longo do tempo, tendo sido preservada
no caso das amostras com o extraio microencapsulado.
Conclusão: Verificou-se que a técnica de atomização permitiu a produção de microesferas viáveis
para incorporação em requeijões capazes de preservar a atividade antioxidante de extratos naturais.