Atitudes face ao ambiente, rendimento escolar e área geográfica: revisão da literatura Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • A problemática ambiental tornou-se uma das grandes preocupações, importante e atual, da agenda internacional e exige mudanças nos padrões de desenvolvimento que permitam evoluir para uma sociedade consciente dos limites da natureza, na qual as decisões não visem apenas satisfazer necessidades económicas, mas igualmente as necessidades sociais e ambientais das gerações presentes e futuras. Essa mudança de mentalidade é complexa e os jovens têm um papel determinante. É importante e urgente formar cidadãos conscientes dos problemas ambientais e da relação que as suas ações quotidianas podem ter sobre os mesmos. Cidadãos informados poderão desenvolver atitudes e comportamentos para prevenir impactos negativos no ambiente. Para essa formação, concorrem os processos não formais desenvolvidos no contexto familiar e na comunidade em que os jovens se inserem, sendo que o ensino formal desempenha um papel relevante. Neste contexto, a presente investigação analisa os estudos que relacionam as atitudes dos jovens face ao ambiente com as variáveis rendimento escolar e, também, área geográfica de residência. Conhecer como se relacionam as atitudes face ao ambiente com o rendimento escolar dos alunos e como tais atitudes se diferenciam em função da área geográfica em que os alunos habitam, poderá fornecer informação relevante para melhorar a educação praticada nos vários níveis de ensino e na formação de professores, contribuindo para uma mudança, acentuada e consistente, das atitudes pró-ambientais. A metodologia desenvolvida na presente investigação consistiu na análise documental da literatura disponível referente a estudos sobre a relação entre as atitudes face ao ambiente e cada uma das variáveis, rendimento escolar e área geográfica. Os estudos revistos salientam relações significativas entre as atitudes face ao ambiente e o rendimento escolar dos alunos. Por outro lado, os estudos analisados indicam que as pessoas que vivem em áreas rurais e em áreas urbanas experienciam o ambiente de forma diferente, embora não haja concordância sobre o sentido e intensidade da relação entre as atitudes face ao ambiente e o tipo de área geográfica em que habitam os participantes. Por último, são destacados elementos que apontam para a necessidade de estudos empíricos futuros, no sentido de aprofundar o conhecimento sobre essas relações.

data de publicação

  • janeiro 1, 2017