Determinação do perfil químico e nutricional dos frutos de Rubus ulmifolius Schott
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resumo
Nos últimos anos, o consumidor tem demonstrado uma elevada preocupação em relação
à segurança e qualidade dos alimentos, o que resultou na crescente procura de alimentos
saudáveis [l]. Deste modo, deve ser aplicada uma abordagem interdisciplinar a fim de
promover a valorização de espécies silvestres, incentivando novos projetos ligados a
uma extração ecologicamente sustentável de compostos bioativos e, consequentemente,
a futuras aplicações no sector industrial [2]. O fruto de R. ulmifolius (amora silvestre) é
bastante apreciado pelos consumidores, não só pelo seu agradável sabor, mas também
porque é uma fonte de nutrientes e moléculas que interferem beneficamente na saúde
do consumidor [3].
No presente estando foi realizada uma avaliação nutricional (através da determinação
do teor em proteínas, cinzas, gorduras, hidratos de carbono e energia) e do perfil em
açúcares, ácidos orgânicos, tocoferóis e ácidos gordos dos frutos de R. ulmifolius.
O perfil nutricional foi avaliado aplicando metodologias oficiais de análise de produtos
alimentares, os açúcares livres foram identificados/quantificados utilizando um sistema
de HPLC-M, os ácidos orgânicos por UFLC-PDA, os tocoferóis por HPLC-fluorescência
e os ácidos gordos por GC-FID.
Os frutos de R. ulmifolius revelaram um perfil nutricional rico em hidratos de carbono
(26, 17 g/100 g mf (massa fresca)), assim como mostraram um valor energético de 125,25
kcal/100 g mf. Ainda no estudo nutricional, as proteínas evidenciaram uma concentração
de 2,4 g/100 g mf, seguidas do teor em gorduras, e cinzas com valores de 1,22 e 0,58 g/100
g mf, respetivamente. Relativamente à avaliação da composição química, foram detetadas
as moléculas de frutose, glucose e sacarose no perfil de açúcares livres (evidenciando-se a
frutose como o composto presente em maior concentração) e os ácidos oxálico, quínico, málico, xiquímico, ascórbico e fumárico no perfil de ácidos orgânicos. Na avaliação dos ácidos gordos, foram identificados 25 compostos, exibindo o ácido linoleico (C18:2n6) a maior concentração, com um valor de 58%. Além disso, os frutos apresentaram todas as isoformas de tocoferóis, α-, β-, y- e δ-tocoferol, destacando-se o -Υ-tocoferol com uma concentração de 2,80 mg/100 g mf, seguido de α-, δ- e β-tocoferol.
Tendo em conta os resultados obtidos, os frutos de R. ulmifolius mostraram ser uma boa opção para enriquecer a dieta diária, devido à sua composição nutricional e química.