O debate ortográfico do século XVI em Love's Labour's Lost de William Shakespeare
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resumo
No Inglês de hoje verifica-se um desfasamento constante entre a grafia e a fonética a que
os empréstimos linguísticos que ocorreram ao longo da sua História não são alheios. O debate
sobre o desfasamento em causa e sobre as suas implicações não é de agora, tendo sido
particularmente aceso entre estudiosos e académicos do século XVI.No âmbito deste temática é proposta uma reflexão histórica sobre a forma como essa
discussão se desenvolveu, recorrendo para tal a Love's Labour's Lost de Shakespeare. Esta
comédia representa os defensores da mudança para uma língua inglesa purista, mas também
os que não conseguem sobreviver sem recorrer aos empréstimos lexicais que uma língua
eloquente como o Latim propiciava, os chamados "inkhorn". Através das suas personagens,
Shakespeare coloca-nos perante uma peça inteligente que exige uma audiência de igual
carácter. Por entre críticas implícitas, explícitas e trocadilhos o autor acaba por cair na sua
própria armadilha de "experimentador" da língua, usando e abusando ele próprio dos termos
que crítica pelas personagens que constrói.