Promoting bee health for sustainable agriculture Projetos uri icon

resumo

  • A conservação da abundância e diversidade de insetos polinizadores é decisiva para evitar o impacto negativo que a falta destes pode produzir na agricultura, na produção e segurança alimentar e na sustentabilidade ambiental. Mais de um terço da produção agrícola mundial depende da polinização de Apis mellifera. Durante os últimos anos houve um aumento alarmante no colapso de colónias de abelhas, tendo os parasitas e patogéneos como o ácaro Varroa destructor, o microsporídeo Nosema ssp. e os vírus participado ativamente. O declínio das colónias pode comprometer não só a segurança alimentar, mas também o rendimento atual e futuro dos produtores agrícolas. O objetivo deste projeto é determinar a fenologia e a interação de Nosema ceranae e os vírus, incluindo o vírus da paralisia aguda das abelhas (ABPV), vírus da paralisia aguda israelita (IAPV), vírus da paralisia crónica da abelha (CBPV), vírus das asas deformadas (DWV), e vírus da rainha negra (BQCV). Os potenciais sinergismos entre N. ceranae e os vírus serão também explorados. Estes objetivos serão desenvolvidos com base nas seguintes hipóteses de trabalho: - Uma vez que a Nosema enfraquece o sistema imunológico da abelha e danifica o intestino médio é concebível que uma estirpe mais virulenta de vírus (incluindo estirpes recombinantes) poderia emergir da interação. - Compreender a fenologia das infecções por N. ceranae e o maneio e tratamento adequados poderia melhorar/evitar o sinergismo entre Nosema e vírus, diminuindo a probabilidade de aparecimento de estirpes de vírus mais patogénicas, melhorando a saúde e a sobrevivência das colónias. Para atingir os nossos objetivos, primeiro estudaremos a prevalência e fenologia de N. ceranae em cada país participante e faremos a monitorização da presença dos vírus acima mencionados. Em seguida, investigaremos a relação entre o surto de vírus e infecções por N. ceranae (em colónias tratadas por Varroa). Se descobrirmos correlações positivas entre um surto de vírus específico e nosemose, identificaremos a estirpe viral envolvida e iremos compara-la com estirpes do mesmo vírus presentes em níveis baixos ou assintomáticos nas colónias. A possibilidade de comparar territórios com e sem V. destructor (vector de vírus) e/ou sem N. ceranae (se possível) irá fornecer um conhecimento mais amplo sobre as interações entre patógeneos. Finalmente, iremos examinar o impacto dos tratamentos contra Nosema e o fornecimento de pólen à colónia no resultado das infecções por vírus. Estamos certos de que as descobertas deste projeto, o qual envolve a cooperação ativa e única entre os parceiros que representam os países mediterrânicos, abrangendo uma vasta gama de condições ambientais e de diferentes maneios apícolas, contribuirá para atenuar os danos causados pela expansão de N. ceranae através de uma implementação racional de tratamentos existentes para evitar a emergência de patógeneos sinergísticos que acelerem o colapso da colónia comprometendo consequentemente a segurança alimentar.

intervalo de datas

  • março 28, 2017