Produção de vacinas do vírus influenza: do método tradicional à cultura de células
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resumo
Os recentes avanços na biotecnologia permitem superar vários obstáculos tecnológicos encontrados em
aplicações industriais que necessitam de uma profunda compreensão dos mecanismos relacionados com
o crescimento e controlo celular no sentido de encontrar bioprocessos eficientes e de baixo custo. Durante
as epidemias sazonais, o vírus da influenza é uma ameaça contínua devido ao seu potencial para causar
pandemias. A maioria das vacinas de combate ao vírus influenza é produzida utilizando o método
tradicional, recorrendo a ovos fecundados de galinhas, que são incubados para o desenvolvimento do
embrião. O facto dos ovos serem manipulados em ambiente não assético acarreta riscos não associados à
cultura de células. Para além disso, a cultura de células é um processo mais rápido, mais económico, com
regras de segurança, exigidas pela FDA e EMA, mais rigorosas. Este trabalho compara dois métodos de
produção de vacinas do vírus Influenza. Realizou-se um levantamento bibliográfico na Pubmed, SCIELO
e RCAAP. Foram utilizados, mais frequentemente, os descritores, vacinas, vírus influenza, bioprocessos e
cultura de células. A análise compreendeu as últimas 2 décadas. A cultura de células foi considerada uma
alternativa capaz de garantir uma resposta rápida comparativamente ao método de produção tradicional.
Em todo o processo é necessário ter em conta caraterísticas técnicas e de fabrico que são fundamentais,
designadamente, as células, o sistema de produção, a purificação, os rendimentos, a reprodutibilidade e
repetibilidade, a estabilidade de produto e as timelines. Os fabricantes de vacinas usam predominantemente
células do rim caninas da raça Madin-Darby ou células de rim do macaco verde africano. São várias as
vantagens deste processo de produção, nomeadamente, permite o crescimento de todos os vírus da
gripe; estão disponíveis em curto prazo durante toda a estação; o prazo de execução é mais curto; a
eliminação de resíduos é menor; são mantidas em ambiente assético fechado durante todo o processo a
montante e a jusante; durante o processo de produção o risco de contaminação é reduzido; o processo
de produção é mais consistente e controlado; o grau de pureza dos inputs é mais elevado; as vacinas de
vírus inteiros são seguras e viáveis; podem fornecer imunidade mais ampla para diferentes variantes da
gripe; são seguras para pessoas alérgicas a ovos. A biotecnologia tem contribuído de forma decisiva para
o aperfeiçoamento de bioprocessos relacionados com o desenvolvimento e produção de vacinas mais
seguras, eficazes e polivalentes.
Os recentes avanços na biotecnologia permitem superar vários obstáculos tecnológicos encontrados em aplicações industriais que necessitam de uma profunda compreensão dos mecanismos relacionados com o crescimento e controlo celular no sentido de encontrar bioprocessos eficientes e de baixo custo. Durante as epidemias sazonais, o vírus da influenza é uma ameaça contínua devido ao seu potencial para causar pandemias. A maioria das vacinas de combate ao vírus influenza são produzidas utilizando o método tradicional, recorrendo a ovos fecundados de galinhas, que são incubados para o desenvolvimento do embrião. O facto dos ovos serem manipulados em ambiente não assético acarreta riscos não associados à cultura de células. Para além disso, a cultura de células é um processo mais rápido, mais económico, com regras de segurança, exigidas pela FDA e EMA, mais rigorosas. Este trabalho compara dois métodos de produção de vacinas do vírus Influenza. Realizou-se um levantamento bibliográfico na Pubmed, SCIELO e RCAAP. Foram utilizados, mais frequentemente, os descritores, vacinas, vírus influenza, bioprocessos e cultura de células. A análise compreendeu as últimas 2 décadas. A cultura de células foi considerada uma alternativa capaz de garantir uma resposta rápida comparativamente ao método de produção tradicional. Em todo o processo é necessário ter em conta caraterísticas técnicas e de fabrico que são fundamentais, designadamente, as células, o sistema de produção, a purificação, os rendimentos, a reprodutibilidade e repetibilidade, a estabilidade de produto e as timelines. Os fabricantes de vacinas usam predominantemente células do rim caninas da raça Madin-Darby ou células de rim do macaco verde africano. São várias as vantagens deste processo de produção, nomeadamente, permite o crescimento de todos os vírus da gripe; estão disponíveis em curto prazo durante toda a estação; o prazo de execução é mais curto; a eliminação de resíduos é menor; são mantidas em ambiente assético fechado durante todo o processo a montante e a jusante; durante o processo de produção o risco de contaminação é reduzido; o processo de produção é mais consistente e controlado; o grau de pureza dos inputs é mais elevado; as vacinas de vírus inteiros são seguras e viáveis; podem fornecer imunidade mais ampla para diferentes variantes da gripe; são seguras para pessoas alérgicas a ovos. A biotecnologia tem contribuído de forma decisiva para o aperfeiçoamento de bioprocessos relacionados com o desenvolvimento e produção de vacinas mais seguras, eficazes e polivalentes.