O conceito de vigilância epidemiológica para as doenças crónicas não
transmissíveis ainda não é consensual, não estando para já completamente estabelecidos
os procedimentos relacionados com esta actividade de Saúde Pública. Entre os
principais factores de risco para o desenvolvimento destas patologias estão: o
sedentarismo, a obesidade, a hipertensão, colesterol elevado, o tabagismo e o consumo
alimentar. É necessária uma vigilância epidemiológica efectiva destas doenças.
O objectivo desta comunicação é reflectir sobre o processo, ainda recente, de
desenvolvimento da vigilância das doenças não transmissíveis.
Metodologia: Procedeu-se a uma revisão da literatura existente nacional e internacional.
Procurou-se prioritariamente as bases de dados relativamente às doenças crónicas de
declaração não obrigatória em geral e mais em particular à possível existência de bases
específicas da vigilância das doenças crónicas não transmissíveis.
Resultados: Os resultados permitem reflectir sobre dados nacionais e internacionais
relativamente às metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Saúde de 2004-2010.
Alguns dos resultados aproximaram-se das metas, no entanto ainda há muito para fazer
nomeadamente em relação à obesidade e aos estilos de vida dos mais jovens.
Conclusões: São necessárias estratégias combinadas que permitam a implementação de
um sistema de vigilância epidemiológica destas doenças, mais abrangente e concentrado
especificamente nesse objectivo.