Analisar os tempos assistenciais e resultados clínicos decorrentes da aplicação de um protocolo ao AVC agudo (VV do AVC) durante 7 anos, em um Serviço de Urgência (SU) de um hospital do norte de Portugal. Métodos: Estudo retrospetivo com todos os casos de doença cerebrovascular admitidos, consecutivamente, desde janeiro de 2010 a dezembro de 2016 no respetivo SU. Resultados: Os pacientes (N= 1200) apresentavam: 63,0% AVC isquémico, 17,2% AVC hemorrágico e 19,8% Acidente Isquémico Transitório. O protocolo VV do AVC cobriu 37,3% (n = 282) dos casos de AVC isquémico, realizando fibrinólise 18,4% (n = 52) desses doentes. O tempo médio porta-agulha foi de 69,5 minutos. Os pacientes que receberam fibrinólise obtiveram melhorias neurológicas significativas (p < 0,05). Conclusão: O tratamento precoce é determinante para o tratamento do AVC. Obtivemos uma taxa elevada de ativação do protocolo de atendimento, mas apenas 52 doentes realizaram fibrinólise dentro da janela terapêutica. Os achados do estudo destacam a urgência de reduzir o intervalo de tempo entre a admissão do paciente e a administração da fibrinólise.