Variação temporal e espacial de fluxos de CO2 em solos de souto com práticas de gestão do solo contrastantes.
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resumo
No âmbito das alterações climáticas, o desenvolvimento de estudos capazes de apontar formas que atenuem as emissões de dióxido de carbono (CO2) é de fundamental importância para conter uma gama de fenómenos que vêm perturbando o equilíbrio natural do planeta Terra nas últimas décadas. O CO2 é um dos GEE (gases de efeito estufa) de maior relevância desde o início da era industrial.Os usos intensivos do solo têm contribuído para o aumento da libertação de CO2 armazenado sob a forma de matéria orgânica nos solos, e,
consequentemente, para diminuir a disponibilidade de carbono orgânico das reservas terrestres. Neste contexto, o recurso a práticas agronómicas mais conservativas da matéria orgânica, consideradas ambientalmente mais adequadas para permitir elevar o potencial de sequestro e armazenamento de carbono por parte dos solos, é absolutamente necessário. Considerando que as práticas culturais podem contribuir para uma maior ou menor conservação da matéria orgânica no solo e consequente maior ou menor libertação de gases de efeito de estufa para a atmosfera avaliam-se os fluxos de CO2 num sistema agroflorestal com duas formas de gestão do solo contrastantes (solo mobilizado e solo ervado com cobertura permanente) para
definir o maneio do solo ambientalmente mais adequado em termos de GEE e conservação do C.
Monitorizam-se as variações espaciais e temporais dos fluxos de CO2 do solo e avalia-se a influência das variáveis edafoclimáticas nas trocas líquidas de carbono entre o solo e a atmosfera, bem como a sua relação com as práticas culturais do solo. A análise global efetuada nas duas áreas demonstrou que a presença da vegetação altera a dinâmica do carbono, pelo que a manutenção de um coberto vegetal permanente no subcoberto dos soutos constitui uma prática ambientalmente mais sustentável.