No presente artigo, partindo dos trabalhos de Itard com o menino selvagem de Aveyron define-se, primeiramente, Educação Especial, salientando a necessidade de neste campo a atuação ser feita por diferentes intervenientes que constituem uma equipa multidisciplinar.Procura-se de seguida dar a conhecer aquela que é a filosofia que, na atualidade,estána base do atendimento educativo das crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais (NEE), a filosofia da Inclusão. Apesar de o conceito de inclusão ser alvo de alguma controvérsia, de ser visto de forma abrangente e de não ser objeto de unanimidade no que diz respeito à sua definição e às suas práticas, a leitura atenta e seletiva da bibliografia remete para um conjunto de definições bem estruturadas que clarificam o nosso pensamento. A “confusão” parece surgir mais ao nível do entendimento daquilo que se toma como sendo inclusão total e da forma como, em termos práticos, e em função do tipo de alunos com NEE, esta decorre ou se processa.