Interação genótipo - ambiente entre duas origens e localizações na abelha ibérica (Apis mellifera iberiensis) Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • Na europa, vários estudos revelaram que as populações nativas de Apis mellifera estão adaptadas ao clima e flora locais. Contudo, até agora, não existe informação para a abelha ibérica, Apis mellifera iberiensis. Neste contexto, o principal objetivo deste estudo foi avaliar a existência de adaptação local na abelha ibérica. Este estudo foi dividido em três partes: (1) instalação de dois apiários nos dois extremos de Portugal (Gimonde e Zavial), cada um com duas origens genéticas da abelha ibérica (18 colónias do Algarve e 18 colónias de Bragança); (2) estimação do número de abelhas, número de alvéolos com criação, mel e pólen em três estações (primavera, verão e outono) e do comportamento higiénico e percentagem de infestação de Varroa destructor em uma estação (verão); (3) análise estatística, utilizando testes estatísticos adequados tais como teste t-Student e Mann-Whitney (software R, versão 3.4.1), para comparar as características de diferentes origens no mesmo apiário e características da mesma origem em diferentes apiários. No apiário do Zavial observaram-se diferenças significativas no número de abelhas, criação e pólen entre as duas origens genéticas. Contrariamente ao Zavial, no apiário de Gimonde não se registaram diferenças significativas em nenhuma das características avaliadas entre as duas origens. Além disso, ambas as origens mostraram um melhor desempenho no apiário do Zavial do que no de Gimonde. Os resultados obtidos indicam que as diferenças entre as duas origens são reveladas em ambientes mais favoráveis onde as abelhas podem melhor expressar o seu potencial genético.

data de publicação

  • janeiro 1, 2018