Avaliação da performance de stocks de truta-fário selvagem e de cativeiro
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resumo
A truta-fário (Salmo trutta) é uma espécie autóctone das águas interiores portuguesas,
sendo importante do ponto de vista económico e da pesca desportiva. O presente
estudo tem como objetivo avaliar a “performance” de indivíduos selvagens e de
indivíduos criados em cativeiro e, assim, obter dados que possam auxiliar os aquicultores
a tomarem as melhores decisões para a produção desta espécie. As experiências
decorreram durante dois meses: de Agosto a Outubro de 2016 no Posto Aquícola de
Castrelos. Durante este período, os peixes selvagens e de cativeiro foram mantidos em
dois tanques separados e alimentados, com uma periodicidade bissemanal, com uma
dieta mista composta por farinha de peixe e por macroinvertebrados capturados no
rio Baceiro. No que respeita à relação comprimento-peso de ambos os stocks foi observado
um crescimento alométrico negativo (b <3), ou seja, os peixes crescem mais em
comprimento do que em biomassa. Mas, dois meses após a realização das experiências,
verificou-se uma evolução na tendência anteriormente observada, com um crescimento
mais isométrico ou ligeiramente alométrico positivo, sinal de que os peixes começaram
a engordar mais do que crescer. Finalmente, pode ser realçado que a maior variação do
coeficiente de alometria correspondeu às trutas de cativeiro. Relativamente ao coeficiente
de condição K, não foram observadas diferenças significativas quando comparada
a condição das trutas selvagem antes e depois das experiências. No entanto, para as
trutas de cativeiro observaram-se diferenças altamente significativas na sua condição.