Este trabalho baseia -se nos dados de um inquérito às preferências de consumo de queijo de cabra transmontana. O estudo
teve como objetivos: identificar o perfil do consumidor, os seus hábitos de consumo de queijo e comparar a perceção dos
consumidores face às características de queijos com diferentes tempos de cura (2, 7 e 12 meses). Para isso, desenvolveu -se
um estudo baseado numa amostra de 157 consumidores que se deslocaram a um supermercado de Bragança nos dias
28 e 29 de maio de 2015. Para proceder à recolha de dados foi utilizado um questionário com questões acerca das características
do consumidor, da frequência do consumo de queijo e das perceções sensoriais por parte dos consumidores
(aspecto, aroma, sabor, perceção de teor de gordura, dureza, perceção de teor de sal) dos queijos. A maioria dos participantes
consumia queijo mais de uma vez por semana, era do género masculino, tinha idade compreendida entre 25 e 64
anos, era casado, vivia em agregados familiares com duas pessoas e o rendimento líquido mensal do agregado familiar
situava -se entre 1001 e 3000 €. Os resultados globais permitiram identificar diferenças, ao nível de significância de 1%,
em todas as características consideradas com exceção da perceção do teor de sal. Relativamente ao aspecto, aroma,
sabor, avaliação global e intenção de compra, o queijo com dois meses de cura foi o preferido. Os consumidores percecionaram
um teor de gordura mais elevado no queijo com sete meses de cura. Finalmente, o queijo com 12 meses de cura
foi considerado o mais duro. Verificou -se, ainda, que quando tido em consideração o género, a idade e a frequência do
consumo, as diferenças foram encontradas no grupo dos indivíduos do género feminino, com idade entre 25 e 64 anos e
que consumiam queijo mais frequentemente.