A infeção do local cirúrgico afeta um terço dos doentes cirúrgicos e a incidência
varia consoante múltiplos fatores.
Objetivo: Analisar os fatores associados à infeção do local cirúrgico na cirurgia ortopédica major.
Metodologia: Estudo transversal analítico, realizado em 589 doentes submetidos a cirurgia ortopédica
major entre 2020 e 2021. Recolheu-se informação constante do Sclínico, através de grelha de registo,
sobre o doente, cirurgia e cumprimento de bundles. Aprovação da Comissão de Ética (N.º 46/2022).
Resultados: A frequência de infeção foi (3,9%), maioritariamente do sexo masculino (56,5%), entre
os 57 e 78 anos (60,9%,) índice de massa corporal elevado (91,3%), hipertensão arterial (73,9%),
tabagismo (14,09%), insuficiência cardíaca (9,3%) e tremor (33,3%). Verifica-se associação, estatisticamente
significativa, entre infeção do local cirúrgico e tabagismo, insuficiência cardíaca, tremor,
duração da cirurgia, tempo pós-operatório e tipo de cirurgia.
Conclusão: A frequência de infeção foi significativa para os fumadores com insuficiência cardíaca,
tremor, maiores tempos cirúrgicos e de internamento. Sugere-se a redução tabágica, controlo da insuficiência
cardíaca e diminuição dos tempos cirúrgicos e de internamento.