Fruto típico da região mediterrânea com
um elevado valor nutricional, o figo pode
ser utilizado em entradas, pratos principais,
sobremesas, licores e compotas. Dada
a fragilidade e perecibilidade dos frutos,
o tempo de vida útil é muito curto, ocorrendo
considerável desperdício no período
pós-colheita. Para minimizar estas perdas,
é frequente o recurso a processos de conservação,
nomeadamente a secagem. Tradicionalmente
em Portugal, o figo seco é o
modo mais usual de consumo destes frutos.
Atualmente pretende-se diversificar a
oferta, disponibilizando novos produtos,
com elaboração de produtos apelativos, à
base do figo, que satisfaçam as necessidades
dos consumidores e, em simultâneo,
numa perspetiva de sustentabilidade e escoamento
de frutos que não cumpram os
requisitos de qualidade para comercialização
em fresco.
Deste modo surge o chutney, molho
espesso agridoce e picante de origem indiana.
Este produto apresenta um potencial
industrial para aproveitamento de
frutas de menor valor comercial. Apesar
do mais conhecido ser o chutney de manga,
qualquer fruta e/ou legume pode ser
utilizado na confeção deste produto.
Tecnologicamente, a sua preparação
envolve processos relativamente simples,
associados a um baixo custo de produção.
Este trabalho teve como objetivo a elaboração
de chutney de figo, como aproveitamento
de figos, de reduzido valor comercial,
da variedade “pingo de mel”,
com grande distribuição e produção a nível
nacional.