A ovulação múltipla e a transferência embrionária
(MOET), assim como a produção in vitro
de embriões (IVEP), são tecnologias reproduuvas
que permitem a manipulação estratégica
para o incremento do melhoramento genético
dos rebanhos. São poderosas ferramentas
para a produção ovina e caprina, capacitando-
-a para responder às exigências crescentes de
aumento da produtividade e da qualidade.
Em pequenos ruminantes - ovinos e caprinos,
estas tecnologias reprodutivas [l] representam
um grande potencial para o melhoramento,
quer em animais de leite, quer em animais de
carne. Importa salientar ainda, a sua importância
em programas de recuperação de raças em
perigo de extinção ([2], [3], [4]).
A inseminaçâo artificial é uma técnica
convencional para acelerar o ganho genético
através da difusão do potencial de machos selecionados.
Já a comercialização de embriões,
produzidos in vivo ou in vitro, teria a vantagem
da combinação de machos melhoradores
para fertilização de oócitos de fêmeas selecionadas.
Nos pequenos ruminantes, em que o
seu pequeno tamanho corporal não permite
o manuseamento retal e, no caso particular
da ovelha, ainda a complexidade da anatomia
cervical, para além da grande variabilidade na
resposta a programas de superovulação e qualidade
dos embriões assim obtidos, levam a que
a técnica de MOET evolua de forma mais lenta
([2], [5]). Assim, se o comércio de embriões
representa uma atividade importante que se
está a desenvolver rapidamente em bovinos, já
em pequenos ruminantes è praticamente inexistente.
De acordo com a Comissão de Recuperação
de Dados da Sociedade Internacional
de Transferência de Embriões", não existem
dados disponíveis sobre esta comercializacão,
presumidamente por causa do pequeno
número de países a praticá-la. A MOET em
pequenos ruminantes é praticada em apenas
doze países, destacando-se a nível mundial a
Argentina e, a nível europeu, a França [6].
autores
Teresa Maria Montenegro de Araújo Almendra Correia