A cidade de Bragança e algumas das suas festividades religiosas
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resumo
A religião católica abrange na liturgia solene a música sacra, tendo-se esta apresentado, desde sempre para a Cristandade, como um elemento estruturante e identitário do culto divino. Desde São Gregório Magno (séc. VI/VII) que se reflete sobre a forma como a música deve intervir no culto. Estas reflexões assumiram percurso histórico e, já no século XX tiveram continuidade em Cartas Encíclicas e Atas Conciliares.
Apesar de não subsistirem grandes evidências dos instrumentos que integrariam as solenidades religiosas, a documentação arquivística, remete-nos para a sonoridade do órgão, da harpa, do baixão e da trombeta e de coros. Nas solenidades processionais a partir de Novecentos, o acompanhamento musical de cânticos religiosos era feito por bandas regimentais e/ou civis.
Entre as partituras do Fundo de Música Escrita do Arquivo Distrital de Bragança encontra-se um reportório de música religiosa, que terá sido interpretado pelas formações musicais brigantinas, em contexto de festividades religiosas: celebrações em honra de Nossa Senhora das Graças, como responsabilidade da edilidade camarária, e encargos religiosos da Santa Casa da Misericórdia. Nestas solenidades, a participação de coros e bandas de música tem sido uma constante.
A aprendizagem musical na formação dos seminaristas apresentou-se, durante um vasto período, com exigência curricular. Entre os professores de música do Seminário de S. José de Bragança identificam-se os nomes dos presbíteros Firmino Alves de Oliveira, Francisco Cândido de Sousa, Theobaldus Wiskamp, Mário Augusto Moura dos Santos Brás, Eduardo José Gomes de Almeida e Octávio Augusto Sobrinho Alves.