Gases de efeito estufa na produção de carne bovina no Nordeste Transmontano Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • A indústria cárnica gera emissões elevadas de gases de efeito estufa (GEE) para a atmosfera. Portanto, existe a necessidade de quantificar e avaliar o potencial impacte ambiental causado por diferentes sistemas de produção de carne, de modo a implementar- se estratégias de controlo. Objetivou-se avaliar as emissões de GEE de um sistema extensivo (biológico) de produção bovina combinado com um matadouro com caldeira a pellets, utilizando a ferramenta de Avaliação de Ciclo de Vida. Estes sistemas são comuns no Nordeste de Portugal. Foram consideradas as etapas da produção de alimentos, da produção e do abate de animais e, ainda, as etapas a montante e a jusante, como a produção de energia, a produção de fertilizantes e a incineração dos resíduos cárnicos. A unidade funcional utilizada foi de 1kg de carcaça de bovino à saída do matadouro. A análise de inventário e a avaliação de impacte foi efetuada através do programa GaBi. Os resultados foram interpretados pela categoria de impacte de potencial de aquecimento global. Os valores obtidos foram de 16,6kg.CO2-eq.kg-1. A fermentação entérica foi a maior contribuidora de GEE com 61,1%, seguido pelo manuseio do dejeto com 34,2% e pelas emissões resultantes do uso de combustíveis e energia com 3,9%. O matadouro, os transportes, o tratamento dos resíduos cárnicos e a produção de fertilizante juntos apresentaram menos de 0,8% em termos globais. A melhoria do desempenho ambiental em termos de redução de emissões de GEE da produção cárnica deve envolver estratégias voltadas para as principais fontes de impactes encontrados neste estudo.

data de publicação

  • janeiro 1, 2018