Arboricultura de lenho: o caso de uma plantação mista de folhosas nobres com uma espécie acessória fixadora de azoto
Artigo de Conferência
Visão geral
Pesquisas
Informação adicional documento
Ver Todos
Visão geral
resumo
Em 1998, no âmbito do projeto
PRAXIS XXI - 3/3.2/Flor/2127/95, foi instalado
um ensaio de consociação de folhosas
nobres: cerejeira (Prunus avium) Pa, carvalho
ÇQuercus rubra') Qr e castanheiro (.Castanea
sativá) Cs, com a espécie acessória, robínia
(Robinia pseudoacaciá) Rp, em Vimioso
(Latitude 41° 34' 12" N; Longitude. 60 30' 7" W
e altitude de 700 m) antes da publicação do
Decreto-Lei 565/99, O ensaio foi delineado
em 30 parcelas de estudo permanentes num
desenho experimental aleatorizado com 10
tratamentos e 3 repetições (Tl - Puro de Cs;
T2 - Puro de Pa; T3 - Puro de Qr; T4 - Puro de
Rb; T5 - Linha de Cs linha de Rb; T6 - Linha de
Pa linha de Rb; T7 - Linha de Qr linha de Rb;
T8 - Cs + Rb alternadas na linha; T9 - Pa + Rb
alternadas na linha; TIO - Qr + Rb alternadas
na linha). Avaliações anteriores do ensaio
demonstraram que Cs não apresentou ganhos
em qualquer uma das consociações testadas
pelo facto das condições edafoclimáticas do
local serem consideradas limitantes para o
bom desenvolvimento da espécie. Nesta fase
de avaliação do ensaio consideram-se apenas
os tratamentos relativos às espécies objetivo
Pa e Qr. O objetivo deste estudo é avaliar o
comportamento das espécies principais Pa e Qr
em mistura com uma espécie fixadora de azoto
(Rb). Espera-se assim melhorar a nutrição e o
vigor das espécies produtoras de madeira de
qualidade em estudo e, consequentemente, a
sua forma e crescimento. O ensaio foi avaliado
em termos dendrométricos, sobrevivência,
produtividade relativa das espécies objetivo
e produtividade relativa total. Foi usada a
regressão logística para modelara sobrevivência
das espécies objetivo na mistura. O teste Z de
Wald utilizado demonstrou, para a Pa, uma
elevada probabilidade de sobrevivência tanto
no tratamento puro como nos consociados
com Rb (64-75%). As restantes espécies estão
associadas a baixa probabilidade de sobreviver
devido, principalmente, ao insucesso verificado
na fase de instalação (46 - 55% aos 10 anos)
agravada pela forte geada negra na primavera
de 2010. Atualmente a sobrevivência da Qr
varia de 35 a 54 %. Comparou-se o crescimento
entre os diferentes tratamentos, para cada
espécie, usando o teste das diferenças mínimas
significativas (LSD). A Pa mostra maior
crescimento em altura na mistura linha a linha
(T6) seguido do puro (T2). Evidencia-se uma
relação de benefício direto de facilitação e/ou
complementaridade proporcionado pela espécie
acessória fazendo com que o crescimento
médio da espécie objetivo em T6 seja superior
à média do crescimento em altura observado
nos restantes tratamentos (interação positiva).
O ensombramento lateral proporcionado pela
Rb no tratamento T6 favorece o crescimento em
altura da Pa devido à maior frescura e proteção
proporcionadas. O efeito da competição pela
luz é visível no tratamento T9 onde se verifica
também maior instabilidade devido a maior
concorrência com a espécie acessória. Para a Qr
o crescimento em altura no T3 não difere do T7
embora difiram do T10. A menor estabilidade
da Qr no tratamento TIO é devida à maior
pressão competitiva observada não havendo
compensação suficiente ao nível do solo uma
vez que apresenta menor crescimento médio
quer em altura quer em diâmetro. No tratamento
TIO verifica-se um efeito depressivo da Rb sobre
a Qr. O processo de facilitação também não é
evidente no T7 uma vez que não difere do puro.
O efeito da facilitação/complementaridade é
evidente para a Pa consociada linha a linha.
Em 1998, no âmbito do projeto PRAXIS XXI – 3/3.2/Flor/2127/95, foi instalado um ensaio de consociação de folhosas nobres: cerejeira (Prunus avium) Pa, carvalho (Quercus rubra) Qr e castanheiro (Castanea sativa) Cs, com a espécie acessória, robínia (Robinia pseudoacacia) Rp, em Vimioso (Latitude 41º 34’ 12’’ N; Longitude.6º 30’ 7’’ W e altitude de 700 m) antes da publicação do Decreto-Lei 565/99. O ensaio foi delineado em 30 parcelas de estudo permanentes num desenho experimental aleatorizado com 10 tratamentos e 3 repetições (T1 – Puro de Cs; T2 – Puro de Pa; T3 – Puro de Qr; T4 – Puro de Rb; T5 – Linha de Cs × linha de Rb; T6 – Linha de Pa × linha de Rb; T7 – Linha de Qr × linha de Rb; T8 – Cs + Rb alternadas na linha; T9 – Pa + Rb alternadas na linha; T10 – Qr + Rb alternadas na linha). Avaliações anteriores do ensaio demonstraram que Cs não apresentou ganhos em qualquer uma das consociações testadas pelo facto das condições edafoclimáticas do local serem consideradas limitantes para o bom desenvolvimento da espécie. Nesta fase de avaliação do ensaio consideram-se apenas os tratamentos relativos às espécies objetivo Pa e Qr. O objetivo deste estudo é avaliar o comportamento das espécies principais Pa e Qr em mistura com uma espécie fixadora de azoto (Rb). Espera-se assim melhorar a nutrição e o vigor das espécies produtoras de madeira de qualidade em estudo e, consequentemente, a sua forma e crescimento.
O ensaio foi avaliado em termos dendrométricos, sobrevivência, produtividade relativa das espécies objetivo e produtividade relativa total. Foi usada a regressão logística para modelar a sobrevivência das espécies objetivo na mistura. O teste Z de Wald utilizado demonstrou, para a Pa, uma elevada probabilidade de sobrevivência tanto no tratamento puro como nos consociados com Rb (64-75%). As restantes espécies estão associadas a baixa probabilidade de sobreviver devido, principalmente, ao insucesso verificado na fase de instalação (46 – 55% aos 10 anos) agravada pela forte geada negra na primavera de 2010. Atualmente a sobrevivência da Qr varia de 35 a 54 %. Comparou-se o crescimento entre os diferentes tratamentos, para cada espécie, usando o teste das diferenças mínimas significativas (LSD). A Pa mostra maior crescimento em altura na mistura linha a linha (T6) seguido do puro (T2). Evidencia-se uma relação de benefício direto de facilitação e/ou complementaridade proporcionado pela espécie acessória fazendo com que o crescimento médio da espécie objetivo em T6 seja superior à média do crescimento em altura observado nos restantes tratamentos (interação positiva). O ensombramento lateral proporcionado pela Rb no tratamento T6 favorece o crescimento em altura da Pa devido à maior frescura e proteção proporcionadas. O efeito da competição pela luz é visível no tratamento T9 onde se verifica também maior instabilidade devido a maior concorrência com a espécie acessória. Para a Qr o crescimento em altura no T3 não difere do T7 embora difiram do T10. A menor estabilidade da Qr no tratamentoT10 é devida à maior pressão competitiva observada não havendo compensação suficiente ao nível do solo uma vez que apresenta menor crescimento médio quer em altura quer em diâmetro. No tratamento T10 verifica-se um efeito depressivo da Rb sobre a Qr. O processo de facilitação também não é evidente no T7 uma vez que não difere do puro. O efeito da facilitação/complementaridade é evidente para a Pa consociada linha a linha.