Gestão de cobertos vegetais em olivais com pastoreio Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • No interior norte de Portugal, o número de olivicultores que abandonou a mobilização e passou a gerir o solo com coberturas vegetais é reduzido. Aqueles que fazem a gestão dos cobertos com pastoreio é ainda menor, porque os olivicultores não têm rebanhos e estabelecer uma parceria com um pastor para aquele fim nem sempre é fácil. Contudo, o uso de rebanhos, com a correta carga animal, facilitaria o controlo da vegetação, mantendo-a ao nível desejável. Em Bragança foi instalado em 2001 um ensaio de campo em olival com três formas diferentes de gestão do solo, designadamente mobilização, gestão da vegetação com herbicida e pastoreio. Após 21 anos a monitorizar a produção de azeitona, o estado nutricional das árvores e a fertilidade do solo, os resultados mostraram uma relação estreita entre o controlo da vegetação na primavera e a produção das árvores. Se for permitida vegetação excessiva na primavera no talhão com pastoreio a produtividade reduz-se, supostamente devido a maior competição da vegetação herbácea pelos recursos hídricos. Contudo, ajustando a carga de gado, aumentando-a na primavera, o talhão com pastoreio pode manter produtividades ao nível dos outros tratamentos e assim o agro-sistema torna-se mais competitivo fornecendo azeite e contribuindo para a alimentação dos animais. Alguns parâmetros da fertilidade do solo, como o teor de matéria orgânica, melhoram nos tratamentos que permitiram maior desenvolvimento da vegetação herbácea.

data de publicação

  • abril 2023