A adolescência, período da vida entre os 10 e 19 anos onde emergem conflitos e descobertas. Fase de intensas transformações físicas, psicológicas e sociais que levam o adolescente a promo- ver roturas no seu relacionamento com os pais e reforçar a proximidade com o grupo de amigos. Os adolescentes vivem as primeiras experiências amorosas e sexuais, o que pode originar infeções sexualmente transmissíveis, e gravidezes indesejadas. Objetiva-se, identificar as atitudes dos enfer- meiros portugueses dos Cuidados da Saúde Primários face ao jovem de 15 anos sobre início das relações sexuais. Metodologia quantitativa, estudo descritivo-correlacional e transversal. O instru- mento de colheita de dados foi o questionário. Amostra constituídas por 1735 enfermeiros de 226 centros de saúde de Portugal continental, Madeira e Açores. A maioria dos enfermeiros explicaria ao adolescente de 15 anos que lhe pedisse “ajuda” para iniciar a sua vida sexual, rapariga (54,2%) ou rapaz (45,9%) os prós e contras da decisão e informariam da necessidade de usar métodos con- tracetivos, quer rapazes, quer raparigas (32,7%) e rapazes (40,1%). Os enfermeiros com 38 ou mais anos de idade, com filhos adolescentes, que iniciaram a sua atividade sexual depois do casamento aconselhavam o(a) jovem de 15 anos sobre a necessidade de usar métodos contracetivos, ou des- viavam o assunto, os enfermeiros com menos de 38 anos aconselhavam a adiar para mais tarde ou a apoiar a decisão com algumas sugestões. Como p<0,05, concluímos os enfermeiros aconselha- riam a rapariga e rapaz de 15 anos para iniciar a atividade sexual em função da existência de filhos adolescentes, formação específica sobre sexualidade e contexto da sua iniciação sexual. Conclui-se que os enfermeiros sem filhos comparativamente a enfermeiros com filhos adolescentes, apoiavam a decisão embora com algumas sugestões, já os enfermeiros com filhos adolescentes explicavam os prós e contras e informavam da necessidade de usar métodos contracetivos.