A audiodescrição nas artes performativas: caso prático no Teatro de Bragança Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • A audiodescrição (AD) é um recurso de acessibilidade no âmbito dos Estudos de Tradução Audiovisual, que favorece o acesso à informação visual por parte do público cego com deficiência visual, mas que pode ser igualmente utilizado por pessoas normovisuais. Tendo uma origem informal, em que o objetivo seria descrever e narrar os acontecimentos que rodeavam as pessoas com esta deficiência, este recurso começou a ser utilizado no cinema e mais tarde alargou o seu âmbito para televisão, artes performativas, espaços históricos e museológicos, assim como outras atividades de lazer e cultura. O presente trabalho tem o objetivo de compartilhar a nossa experiência de AD ao vivo na exibição de uma peça de teatro, “O Amor é para os fortes” (direção artística Leonor Afonso e Mara Correia, 2019), produzida pelos alunos de artes do Instituto Politécnico de Bragança. Para a concretização deste trabalho, foi necessário obedecer a diferentes etapas que são, por norma, cumpridas pelos audiodescritores de artes performativas: assistir aos ensaios, elaborar vários rascunhos do guião, fazer ajustes do tempo das intervenções com o desenvolvimento da peça no ensaio geral e, por fim, descrever a peça ao vivo, adaptando-nos à pressão do tempo, às improvisações dos atores e aos imprevistos técnicos que foram surgindo no decorrer do espetáculo. Concluindo, o objetivo do trabalho é refletir sobre as etapas acima descritas, confrontando a nossa perceção do produto final com a reação do grupo de controlo, constituído por pessoas com e sem deficiência visual, que participaram nesta experiência.

data de publicação

  • janeiro 1, 2020