Neste artigo reflectimos sobre o processo de transição e adaptação, por parte do estudante, ao ensino superior.
Partimos da ideia chave de que a transição de um estado de maior dependência, que caracteriza a primeira e grande parte da segunda década de vida, para um estado de maior maturidade requer um processo de separação e individuação. Este processo, tumultuoso ao mesmo tempo que necessário, surpreende o aluno que transita para o ensino universitário, porque é característico da adolescência tardia e da jovem adultez.
A teoria de Chickering, integrada numa perspectiva desenvolvimentista e psicossocial, contribui significativamente para a compreensão deste processo. Dos sete vectores descritos por este autor, destacamos o «desenvolvimento da autonomia» como influenciador do sucesso adaptativo ao ensino superior. Enfatiza-se, ainda, a importância de um maior envolvimento da escola, que pode ajudar o aluno ao longo do processo de formação.