O impacto do modelo de parteira em gravidez de baixo risco: a experiência internacional
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resumo
Verificar se o modelo de parteira em gravidez de baixo risco diminui as intervenções médicas durante o parto. Identificar se modelo de parteira em gravidez de baixo risco com seguimento pelo mesmo especialista ou grupos de especialistas resulta num empoderamento da mulher grávida.
Metodologia: foi realizada uma revisão da literatura através das bases de dados PubMed e Cochrane, com os descritores: caseload midwidery, gravidez de baixo risco e parto da qual resultaram 11 artigos em língua inglesa e portuguesa. Após leitura dos resumos e apreciação geral dos estudos emergiram para análise final 6 artigos em língua inglesa.
Resultados: apurou-se a existência de uma correlação significativa na diminuição de intervenções médicas tais como partos instrumentados, partos cirúrgicos (p<0,001), uso de analgesia regional (p<0,001), tal como uso de epidural e realização quer de amniotomia quer de episiotomia. Também se identificou uma maior satisfação das utentes seguidas pelo modelo de parteira relativamente à experiência de parto, em que as utentes referem que se sentiram menos ansiosas, mais empoderadas e com maior probabilidade de ter uma experiência mais positiva em relação à dor de parto.
Conclusões: as conclusões dos estudos refletem a realidade dos serviços de saúde no Reino Unido e Austrália, onde a enfermeira especialista em saúde materna e obstetrícia realiza a vigilância de gravidezes de baixo risco e parto. Tendo em consideração os resultados dos estudos anteriormente referidos seria importante o desenvolvimento e aplicação de um projeto piloto para avaliar a eficácia dos resultados obtidos na população portuguesa.