Consumo e hábitos de compra de fruta desidratada no Norte de Portugal
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As frutas são uma fonte natural de energia, vitaminas, minerais e fibras alimentares. No entanto, a sazonalidade das frutas torna o seu consumo impossível ao longo de todo o ano. A desidratação da fruta surge, assim, como um método de conservação alimentar com qualidade. Esta investigação teve como objetivo identificar o perfil do consumidor de frutas desidratadas e estudar o consumo e hábitos de compra deste produto em consumidores do Norte de Portugal. Para o efeito, desenvolveu-se um estudo transversal, quantitativo, observacional e analítico baseado numa amostra não probabilística, acidental constituída por 766 indivíduos. Os dados foram recolhidos de abril a junho de 2017 através de um questionário anónimo que foi aplicado, diretamente, à população de várias cidades do Norte de Portugal e, também, através da internet, usando o Google Docs. Posteriormente, os dados foram tratados com o SPSS 23.0 através do uso de estatística descritiva e do teste do Qui-quadrado para comparar o perfil dos inquiridos tendo em consideração se eram ou não consumidores de fruta desidratada. Os consumidores inquiridos eram, na sua maioria, da opinião de que a fruta desidratada desempenha um papel importante na dieta alimentar. Dos 766 inquiridos, 690 eram consumidores de fruta desidratada. Tratava-se de indivíduos, maioritariamente, residentes em meio urbano, trabalhadores no ativo do género masculino com idade entre 25 e 64 anos, habilitações literárias ao nível do ensino secundário ou superior que tinham disponível um nível de rendimento mensal do agregado familiar entre 500 e 1500 Euros. Verificou-se que o perfil dos consumidores de fruta desidratada era, estatisticamente, diferente no que dizia respeito à ocupação, sendo a proporção de consumidores de fruta desidratada inferior quando estes estavam desempregados. As frutas desidratadas mais, frequentemente, consumidas foram as uvas/passas, a ameixa e o figo apesar de se tratar de consumo sazonal que ocorria, especialmente, em alturas festivas como a passagem de ano. Verificou-se que o consumo da maça, banana e morango era mais frequente. A maior parte dos consumidores de frutas desidratadas era indiferente ao tipo de embalagem e consumia este produto ao lanche, entre as refeições (snacks), como condimento de doces, nomeadamente, bolos, bolachas, iogurte, gelados e ao pequeno-almoço. Os critérios de escolha de fruta desidratada foram, por ordem de importância, o sabor e a qualidade, a aparência, o cheiro, a fabricação/validação, a durabilidade, a textura, o valor nutricional e o preço. O acondicionamento e a origem, o tamanho da embalagem, a marca e o design da embalagem foram critérios de escolha menos valorizados pelos inquiridos. Verificou-se que a satisfação dos consumidores era maior quando adquiriam as frutas desidratadas no comércio tradicional, ao produtor e nas frutarias. Os critérios de escolha do local de compra de frutas desidratadas foram, por ordem de importância, segurança alimentar, qualidade, preço e confiança, variedade, conforto, agilidade no atendimento e exposição dos produtos. Outros critérios como proximidade da residência, facilidade de estacionamento e forma de pagamento assumiram um papel secundário.