O Epilobium brachycarpum é originário da Argentina e do W da América do Norte (G. Nieto Feliner in Castroviejo & al. (eds), Flora Iberica VIII: 129). Foi detetado pela primeira vez no Continente Europeu na região de Madrid, no início da década de 1980 (J. Izco, Candollea 38: 309-315, 1983). Na Europa, além da Espanha, desde uma primeira citação datada de 1990, tem sido relatada a sua presença em vários departamentos franceses (D. Mercier, Le Jouet du Vert 12: 3, 2003; J.L. Lamaison & R. Deschâtres, Le Monde des Plantes 98: 19-20, 2003). Recentemente, encontramos este neófito em taludes viários, num mosaico ruderalizado de giestais de Genista florida (classe Cytisetea scopario-striatae) e arrelvados de Agrostis castellana e Dactylis hispanica (classe Stipo-Agrostietea castellanae), nos arrabaldes da Cidade de Bragança. A presença do E. brachycarpum em Portugal não constitui uma surpresa maior, uma vez que a sua distribuição na Península Ibérica se estendia pelo C e CW de Espanha (G. Nieto Feliner, op. cit.). Trata-se de uma espécie de fácil identificação: alguns indivíduos atingem dimensões significativas (mais de 1,2 m), as folhas são alternas, lineares, com dentículos marginais; as flores, vistosas, apresentam pétalas lilacíneas bilobadas até 9 mm de comprimento, organizadas em amplas panículas terminais.