Probiótico e prebióticos: impacto na bioacessibilidade de aflatoxina B1 no leite Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • Aflatoxina B1 (AFB1) é uma micotoxina altamente tóxica para os animais e os seres humanos. Esta toxina tem sido detetada no leite, e resulta da ingestão de ração contaminada pelo animal produtor. Dada a elevada toxicidade desta micotoxina, a utilização de métodos de descontaminação, com destaque para os probióticos, tem sido testados para redução da sua presença no leite. Mas a quantidade total de um contaminante ingerido nem sempre reflete o valor disponível para absorção (biodisponibilidade ou bioacessibilidade), pelo que são utilizados modelos de digestão in vitro para avaliar a bioacessibilidade oral humana de contaminantes dos alimentos. O objetivo deste estudo foi avaliar a ação do microrganismo probiótico Lactobacillus plantarum BG112 e dos prebióticos oligofrutose, polidextrose, beta-glucana e inulina, isolados ou combinados, na bioacessibilidade da AFB1 após digestão in vitro. Amostras de leite foram fortificadas com a micotoxina e adicionadas dos agentes em estudo. A aflatoxina foi quantificada antes e depois da digestão in vitro das amostras por UHPLC-FL. A adição isolada de L. plantarum em leite contaminado por AFB1 resultou numa bioacessibilidade da AFB1 de 27%, confirmando a capacidade de ligação das bactérias ácido láticas com a AFB1. Em relação aos prebióticos, os valores de bioacessibilidade foram também bastante promissores, variando entre os 15 e os 51 %. O melhor resultado para bioacessibilidade foi demostrando quando introduzidos os prebióticos inulina e oligofrutose individualmente. Em conclusão, a adição de L. plantarum e de prebióticos reduziu a bioacessibilidade da AFB1 em todos os ensaios efetuados.

data de publicação

  • janeiro 1, 2017