Fluxos de CO2 na interface relva/atmosfera num espaço verde da cidade de Bragança: influência das práticas de gestão Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • O CO2 é o gás que mais contribui para o efeito de estufa (64%) e, globalmente as cidades representam 75% das emissões de carbono. O potencial dos espaços verdes urbanos (EVU) como sumidouros de CO2 é influenciado pelo tipo de vegetação e práticas de gestão e manutenção. O objetivo deste estudo é avaliar a capacidade de sumidouro de CO2 do relvado de um EVU localizado em Bragança, Portugal, submetido a prática de gestão convencional, durante o período de primavera. Os fluxos de CO2 foram medidos em contínuo (24/24h) no solo relvado e dias esporádicos no solo nu, com recurso ao sistema LI-8100A da LI-COR Biosciences ®, envolvendo também a monitorização de parâmetros edafoclimáticos e vegetativos. O resultado obtido é marcado por uma diminuição das capacidades de absorção de CO2 pela superfície verde, devido ao corte frequente da relva como forma de manutenção do relvado, causando a redução da capacidade fotossintética. Observou-se a influência do clima e das práticas de manutenção nos parâmetros vegetativos e, consequentemente, no fluxo de CO2 nesta tipologia de EVU. Em termos médios, a superfície comportou-se como fonte de CO2 durante o período de avaliação, com um fluxo líquido de emissão de aproximadamente 1.25 gC m-2d-1. Conclui-se que do ponto de vista da mitigação de gases de efeito de estufa é preferível o relvado à manutenção do solo nu, todavia deve ser ponderado o uso de outro tipo de vegetação alternativa como Vinca, Hypericum, Heras ou Suculentas.
  • O CO2 é o gás que mais contribui para o efeito de estufa (64%) e, globalmente, as cidades representam 75% das emissões de carbono. O potencial dos espaços verdes urbanos (EVU) como sumidouros de CO2 é influenciado pelo tipo de vegetação e práticas de gestão e manutenção [1]. O objetivo deste estudo é avaliar a capacidade como sumidouro de CO2 do relvado de um EVU (Piscinas Municipais) localizado em Bragança, Portugal, submetido a prática de gestão convencional, durante o período compreendido entre Fevereiro e Junho de 2021. Os fluxos de CO2 foram medidos em contínuo com recurso ao sistema LI-8100A da LI-COR Biosciences ®, envolvendo também a monitorização de parâmetros edafoclimáticos e vegetativos. O resultado obtido é marcado por uma diminuição das capacidades de absorção de CO2 pela superfície verde, devido ao corte frequente da relva como forma de manutenção do relvado, causando a redução da capacidade fotossintética. Observou-se a influência do clima e das práticas de manutenção nos parâmetros vegetativos e, consequentemente, nos fluxos de CO2 nesta tipologia de EVU. Em termos médios, a superfície comportou-se como fonte de CO2 durante o período de avaliação, com um fluxo líquido de emissão de aproximadamente 1,2 g C m-2d-1. Concluiu-se que do ponto de vista da mitigação de gases de efeito de estufa é preferível manter a superfície relvada ao solo nu, todavia deve ser ponderado o uso excessivo deste tipo de cobertura, sempre que possível, devendo-se instalar áreas de compensação arbustivas e arbóreas nas zonas mais afastadas da piscina onde esse tipo de cobertura verde não seja fundamental.

data de publicação

  • janeiro 1, 2022