Avaliação de fluxos de CO2 do solo de um sistema agroflorestal do Nordeste de Portugal
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resumo
No âmbito das alterações climáticas, mitigar as emissões de dióxido de carbono (CO2) é de
fundamental importância para conter uma gama de fenómenos que vêm perturbando o equilíbrio natural do
planeta Terra nas últimas décadas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os fluxos de CO2 do solo num sistema agroflorestal do Norte de Portugal, utilizando o método da caixa em diferentes condições de gestão do solo, nomeadamente com solo nu (efeito mobilização) e solo ervado (efeito não mobilização), em função de variáveis meteorológicas e edafoclimáticas. Neste contexto, foram avaliadas a variação temporal e espacial dos fluxos de CO2 de uma plantação de castanheiros em sistema agroflorestal para produção de castanha, estudando os fatores que influenciam e ou interferem no processo de trocas de carbono entre o solo e a atmosfera, em inter-relação com a gestão praticada. O Estudo abrangeu duas áreas distintas, uma não mobilizada com subcoberto vegetal permanente e uma outra área, contígua, cujo controlo da vegetação é efetuado por ação de mobilização frequentes (manutenção de solo nu). O procedimento experimental consitiu em selecionar 10 pontos de amostragem, 6 na área não mobilizada (Área A) e 4 na área mobilizada (Área B), e efetuar medições em triplicado, em cada ponto, em três momentos distintos do dia, entre março e junho de 2019. Os Fluxos de CO2 do solo foram obtidos através de um sistema portátil CO2, o LI-8100A, que integra uma unidade de controlo e análise de CO2 e vapor de água acoplado a uma câmara transparente. A humidade, a temperatura do solo e a radiação fotossinteticamente ativa foram também medidas em simultâneo, através de uma Sonda de humidade 8100-202, de um Termístor 8100-203 e de um
Sensor Quântico LI-190R. Os principais resultados apontam para um valor médio do Fluxo de CO2 de -1,86
μmol m-2 s-1 para a área A e 1,93 μmol m-2 s-1para a área B, durante o mesmo período de tempo. Conclui-se que durante o período de avaliação, a área A (cobertura permanente do solo) foi um sumidouro de carbono,
enquanto a área B (solo nu) atuou como fonte emissora de carbono do solo.