O vírus da imunodeficiência humana (VIH): Transmissão, Diagnóstico, Tratamento e Epidemiologia Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) é uma doença infeciosa pandêmica que tem como agente etiológico o vírus da imunodeficiência humana (VIH). A doença causada pelo VIH compromete o funcionamento do sistema imunológico, tornando mais suscetível o corpo humano a doenças oportunistas. A SIDA é a fase terminal da infeção e caracteriza-se por um longo período assintomático cuja duração pode variar entre meses e anos. Neste trabalho de investigação faz-se uma revisão sobre as formas mais comuns de transmissão, os testes de deteção, a terapêutica e a epidemiologia associada ao VIH. Neste contexto, foi consultada bibliografa especializada e relatórios científicos e técnicos sobre o tema. O VIH é transmitido atra és de fluidos corporais, para haver infeção do líquido contaminado de uma pessoa tem de penetrar no organismo de outra. Menos comumente, o VIH pode ser transmitido através do leite materno e transfusões de sangue quando não é cuidadosamente filtrado. Os testes para deteção da infeção pelo VIH podem ser divididos basicamente em quatro grupos, deteção de anticorpos; deteção de antígenos; cultura viral e amplificação do genoma do vírus. O teste de VIH é geralmente um processo de duas etapas, nomeadamente, deteção de anticorpos no sangue e saliva e, no caso do resultado ser positivo, um ensaio chamado Western blot que é feito para assegurar que o resultado do primeiro se confirma. Se ambos os testes derem positivos, a probabilidade do doente estar infetado é superior a 99%. Os fármacos disponíveis para o tratamento do VIH são, até à data, os inibidores da protéase, os inibidores da transcriptase reversa e os inibidores da fusão. Desde a identificação do primeiro caso de infeção por VIH em Portugal, em 1983 e até 31 de Janeiro de 2014 foram notificados cerca de 53000 casos de infeção por VIH nos diferentes estádios e cerca de 21000 casos de SIDA, sendo que destes, 20% e 41%, respetivamente, morreram ao longo do período em análise. A grande percentagem dos portadores de VIH e doentes com SIDA são homens, com idades compreendidas entre os 25 e os 45 anos. Os grupos de maior risco são: heterossexual, toxicodependente e homo/bissexual. A maioria, dos casos notificados, concentra-se em três distritos do país: Lisboa, Porto e Setúbal. O uso de preservativos, de agulhas e seringas esterilizadas ou descartáveis; o controlo do sangue e derivados, a adoção de cuidados na manipulação de material biológico, bem como o manuseamento adequado das doenças sexualmente transmissíveis são algumas das medidas de prevenção eficazes para evitar novas infeções.

autores

  • Ribeiro, M.
  • Pessanha, Miguel

data de publicação

  • janeiro 1, 2016