Repovoamento e transferência de trutas para recuperação de rios de salmonídeos: Soluções ou ameaças?
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resumo
Sendo o repovoamento de salmonídeos uma actividade designada por fomento piscícola das águas interiores, com uma larga aplicação em numerosos cursos de água do centro e norte do nosso país, interessava levar a cabo uma avaliação crítica deste procedimento. Utilizando a metodologia corrente entre nós, foram libertadas trutas marcadas de idade 1+ em três cursos de água: Rios Olo, Sabor e Poio, tendo-se, neste rio, utilizado simultaneamente indivíduos 0+. Paralelamente, esta técnica foi comparada, para o rio Sabor, com a transferência de trutas selvagens, com origem no mesmo rio ou noutra bacia (Rio Sordo). No que concerne ao repovoamento resultaram claras as suas limitações: a) forte agregação espacial dos peixes com progressiva diminuição da sua condição; b) variabilidade de resultados, dependendo numas situações de factores de competição intra-específica e, noutras, do próprio habitat; c) impacte negativo sobre as trutas autóctones e diferencial de acordo com cada classe de idade. Já a transferência de trutas revelou resultados mais satisfatórios derivado da superior dispersão espacial, estando a sua repartição intimamente ligada com as características físicas do meio. Todavia, a possível competição com a população nativa não permite que aqueles indivíduos ocupem os melhores habitats.