Produção e caracterização de um antissoro policlonal para detecção de ds-RNA Artigo de Conferência Teses uri icon

resumo

  • Os fitopatologistas têm feito um uso cada vez maior dos métodos serológicos na detecção e caracterização de fitopatogénios, por se tratar de técnicas rápidas, práticas e de elevada sensibilidade, que se podem adaptar às necessidades. De entre estes testes, as várias adaptações do ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay) são, actualmente, os métodos mais divulgados, uma vez que permitem testar um elevado número de amostras num curto espaço de tempo e a preço moderado. A maioria dos vírus fitopatogénicos tem genoma de ss-RNA (ácido ribonucleico monocatenário) que, durante o processo replicativo, no interior das células do hospedeiro, dá origem a uma forma replicativa de ds-RNA (ácido ribonucleico bicatenário). Considerando que as plantas não infectadas não contêm quantidades detectáveis de ds-RNA, a sua presença em extractos vegetais é uma forte indicação de infecção viral. O presente trabalho desenvolveu-se no sentido de produzir um antissoro policlonal para um polinucleótido sintético bicatenário [poli(I):poli(C)] para detecção de ds-RNA. O antissoro foi caracterizado através de várias técnicas serológicas (ELISA-indirecto em placa de poliestireno, ELISA-indirecto em membrana de nitrocelulose e teste de difusão dupla em agar). O teste ELISA-indirecto em placa revelou ser mais sensível e prático do que o respectivo teste em membrana de nitrocelulose, tanto na detecção de poli(I):poli(C) como de ds-RNA purificado. Ambos se mostraram, no entanto, incapazes de detectar ds-RNA a partir de extractos aquosos de videira, o que dificulta o processo de detecção, uma vez que a extracção de ds-RNA de material vegetal é morosa e de baixo rendimento.

data de publicação

  • janeiro 1, 1998