Usos e conhecimento das propriedades nutricionais da castanha: a perspetiva do consumidor
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resumo
A castanha é um alimento associado a dietas saudáveis, sendo,
nutricionalmente, semelhante ao arroz integral pelo que constitui um
substituto da batata, arroz e trigo. O presente trabalho visa conhecer os usos
e conhecimentos dos consumidores sobre as propriedades nutricionais da
castanha. Para tal, realizou-se um estudo cross-section baseado numa
amostra de 320 indivíduos, resultante da aplicação de um questionário a
consumidores do mercado nacional. Os dados foram analisados com recurso
ao software IBM SPSS e à estatística descritiva. Os inquiridos tinham, em
média, 35,1 anos (DP=16,9) e residiam nos distritos de Bragança (41,3%),
Porto (24,1%) e Vila Real (10,9%). Eram do género feminino (50%), tinham o
ensino secundário (71,3%), viviam em agregados familiares com 3 ou mais
elementos (54,7%) e tinham um rendimento mensal até 1160 euros (53,8%).
A maioria dos inquiridos consumia castanhas (78,4%) assadas em casa
(49,4%) duas ou mais vezes por ano (50,3%). Os resultados demonstraram
que os consumidores portugueses estão pouco familiarizados com os
benefícios nutricionais da castanha, sendo que o conhecimento acerca das
propriedades nutricionais da castanha dos inquiridos revelou ser mau
(17,5%) ou insuficiente (37,8%). Recomenda-se, assim, o desenvolvimento
de campanhas informativas junto dos consumidores de forma a promover o
seu consumo.
Confecionada de forma simples ou transformada, a castanha é um produto de elevado potencial e muito versátil. A castanha é um alimento associado a dietas saudáveis dadas as suas caraterísticas nutritivas. Efetivamente, é um alimento rico em hidratos de carbono, baixo índice glicémico, livre de colesterol, baixo valor calórico e rico em proteínas e vitamina C. Nutricionalmente, as castanhas são semelhantes ao arroz integral pelo que constituem um substituto da batata, arroz e trigo. A castanha é uma alternativa saudável para os doentes celíacos pelo facto da farinha da castanha ser doce e não possuir glúten (Cernusca, Hold & Godsey, 2008).
A Castanha Portuguesa é atualmente reconhecida a nível internacional, pela sua qualidade, organolética e pela excelente aptidão para a transformação industrial (Laranjo, 2013). Este trabalho teve como objetivos conhecer os usos e analisar os conhecimentos dos consumidores sobre as propriedades nutricionais da castanha.
Foi realizado um estudo cross-section com base numa amostra não probabilística constituída por 320 indivíduos. A recolha de dados decorreu de abril a maio de 2018, e teve por base aplicação de um questionário a consumidores do mercado nacional, em lojas e grandes superfícies comerciais. Posteriormente, os dados foram editados no programa IBM Software SPSS e tratados recorrendo à estatística descritiva.
Os inquiridos tinham idades compreendidas entre 18 e 86 anos. A média de idades foi de 35,1 anos (DP=16,9). A maioria era proveniente, dos distritos de Bragança (41,3%), Porto (24,1%) e Vila Real (10,9%), do género feminino (50%), tinha habilitações educacionais até ao nível do ensino secundário (71,3%) vivia em agregados familiares com 3 ou mais elementos (54,7%), usufruía de um rendimento mensal até 1160 euros (53,8%) e possuía pelo menos uma restrição na sua dieta alimentar (59,1%). A maioria dos consumidores gosta de castanhas (78,4%) e consome-as duas ou mais vezes no ano (50,3%), sendo que a forma preferencial de as consumir é assadas em casa (49,4%). O nível de conhecimento registado, quanto às suas propriedades nutricionais foi mau (17,5%) ou insuficiente (37,8%).
Os resultados deste estudo demonstram que os consumidores portugueses estão pouco familiarizados com os benefícios nutricionais da castanha o que por si só poderá ter impacto negativo na quantidade e frequência de consumo deste produto considerado um alimento saudável mesmo para aqueles que possuem restrições na sua dieta alimentar.