A educação sexual nas escolas na perspetiva dos professores do ensino básico/secundário
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resumo
A escola é responsável pela aprendizagem em todas as áreas do conhecimento e também o espaço coletivo apropriado para a socialização e exercício da autonomia. O professor é considerado o profissional que
tem maior proximidade e acesso aos alunos e reconhecido como principal aliado e conselheiro no espaço
escolar. Conhecer as conceções dos professores sobre a educação sexual em meio escolar é essencial para poder planear e implementar medidas ajustadas de educação sexual atendendo às necessidades e interesses
dos estudantes.
Identificar perceções acerca da educação sexual, em meio escolar, dos professores do ensino básico e secundário.
Estudo transversal descritivo com uma amostra de 292 professores do 3º. ciclo/ensino secundário de um Concelho do Norte de Portugal no ano letivo 2010/2011. Para a colheita de informação foi utilizado um
questionário, aplicado no primeiro período do ano letivo, após autorização dos diretores das escolas participantes. Realizou-se uma reunião de docentes, em cada escola envolvida, para planeamento e preparação
da entrega e recolha dos questionários. Para a análise e tratamento dos dados utilizou-se o programa Statistical Package for Social Sciences. Foi respeitado o anonimato e a confidencialidade dos dados.
Resultados: A maioria dos professores tinha entre 41 e 60 anos (67%), possuía uma pós-graduação/mestrado
(31%) e a maior parte pertencia ao quadro de escola (81%). Lecionavam ao 3.º ciclo e ao ensino secundário
(55%), tinham uma média de 20,6 anos de docência e pertenciam ao departamento disciplinar das ciências
experimentais e exatas (39%). Todos frequentaram alguma formação complementar na temática da educação
sexual em meio escolar e a duração variou entre 3 e 300 horas, com uma média de 50 horas. Mais de metade
dos professores classificaram a sua formação em educação sexual de forma positiva (52%). Consideraram que a
forma mais eficaz de integrar a educação sexual em meio escolar é inseri-la nas disciplinas onde os programas o
permitam (27,4%) e numa disciplina criada para o efeito (23,6%). A utilidade da educação sexual para os alunos
foi reconhecida como vantajosa por 87% destes professores e deverá ser abordada por um profissional de saúde
da área e da especialidade, 45%.
Os professores foram favoráveis à educação sexual em meio escolar e desenvolveram alguma
formação adequada. Tinham noção da utilidade e do reforço da educação sexual, mas entenderam que o
profissional mais habilitado para abordar essa temática é o da área da saúde. Destacaram a necessidade de
obterem apoio de profissionais qualificados sobre a temática, nomeadamente, com programas educativos
práticos que possibilitem construir conhecimentos e habilidades que os ajudem a abordar e discutir eficazmente o
tema na escola. Evidencia-se a necessidade e o apelo dos professores para as parcerias no sentido da
continuação da promoção da educação sexual na escola.
A escola é responsável pela aprendizagem em todas as áreas do conhecimento e também o espaço coletivo apropriado para a socialização e exercício da autonomia. O professor é considerado o profissional que tem maior proximidade e acesso aos alunos e reconhecido como principal aliado e conselheiro no espaço escolar. Conhecer as conceções dos
professores sobre a educação sexual em meio escolar é essencial para poder planear e implementar medidas ajustadas de educação sexual atendendo às necessidades e interesses dos estudantes.
Identificar perceções acerca da educação sexual, em meio escolar, dos professores do ensino básico e secundário.
Estudo transversal descritivo com uma amostra de 292 professores do 3º. ciclo/ensino secundário de um Concelho do Norte de Portugal no ano letivo 2010/2011. Para a colheita de informação foi utilizado um questionário,
aplicado no primeiro período do ano letivo, após autorização dos diretores das escolas participantes. Realizou-se uma reunião de docentes, em cada escola envolvida, para planeamento e preparação da entrega e recolha dos questionários. Para a análise e tratamento dos dados utilizou-se o programa Statistical Package for Social Sciences. Foi respeitado o anonimato
e a confidencialidade dos dados.
A maioria dos professores tinha entre 41 e 60 anos (67%), possuía uma pós-graduação/mestrado (31%) e a maior parte pertencia ao quadro de escola (81%). Lecionavam ao 3.º ciclo e ao ensino secundário (55%), tinham uma média de 20,6 anos de docência e pertenciam ao departamento disciplinar das ciências experimentais e exatas (39%). Todos
frequentaram alguma formação complementar na temática da educação sexual em meio escolar e a duração variou entre 3 e 300 horas, com uma média de 50 horas. Mais de metade dos professores classificaram a sua formação em educação sexual de forma positiva (52%). Consideraram que a forma mais eficaz de integrar a educação sexual em meio escolar é inseri-la nas disciplinas onde os programas o permitam (27,4%) e numa disciplina criada para o efeito (23,6%). A utilidade da educação sexual para os alunos foi reconhecida como vantajosa por 87% destes professores e deverá ser abordada por um profissional de saúde da área e da especialidade, 45%.
Os professores foram favoráveis à educação sexual em meio escolar e desenvolveram alguma formação adequada. Tinham noção da utilidade e do reforço da educação sexual, mas entenderam que o profissional mais habilitado para abordar essa temática é o da área da saúde. Destacaram a necessidade de obterem apoio de profissionais qualificados
sobre a temática, nomeadamente, com programas educativos práticos que possibilitem construir conhecimentos e habilidades que os ajudem a abordar e discutir eficazmente o tema na escola. Evidencia-se a necessidade e o apelo dos professores para as parcerias no sentido da continuação da promoção da educação sexual na escola.