O Enfermeiro Especialista de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica possui competências com responsabilidade em diversas áreas de atividade. É durante o puerpério que o Enfermeiro cuida do recém-nascido de forma a promover o bem-estar e potenciar a sua saúde, incluindo os cuidados ao coto umbilical.
Estes cuidados foram, ao longo dos anos, sofrendo alterações significativas devido ao impacto das infeções do coto umbilical na mortalidade neonatal.
Parece existirem diferentes práticas nos cuidados ao coto umbilical do recém-nascido, que se caraterizam pela não uniformização e nem sempre baseadas em evidência científica. Na prestação de cuidados surgem, às vezes, dúvidas e questões problemáticas. A primeira premissa para sanar estas questões, da forma mais eficaz e eticamente correta, baseia-se no recurso à evidência, sendo a prática baseada na evidência a mais amplamente aceite e deverá ser praticada.
O coto umbilical do recém-nascido necessita de vigilância e cuidados adequados por favorecer a ocorrência de infeções, como onfalite e sépsis.
As práticas dos profissionais de saúde em relação aos cuidados com o coto umbilical do RN são variadas, havendo pouco consenso e uniformização sobre o melhor método a ser aplicado.
Objetivos: identificar a melhor prática de enfermagem para os cuidados ao cordão umbilical do RN.
Verificar se os cuidados prestados ao coto umbilical com a técnica dry care em comparação com o uso de solutos fornece melhor evidência científica na prevenção da infeção e na promoção adequada da queda do coto umbilical do recém-nascido.
Método: Revisão sistemática da literatura com metodologia PICO (Population, Intervention, Comparasion, Outcome) a partir de artigos científicos indexados à plataforma Web of Science nos últimos dez anos com critérios de inclusão e descritores predefinidos.
Obteve-se, após avaliação crítica dos resultados, 14 artigos científicos para análise final.
Resultados: A evidência científica encontrada foi de elevada qualidade. O tempo médio de queda do cordão foi significativamente menor no grupo dry care em comparação com o uso de solutos. A técnica dry care reduz o risco de infeção quando comparado com a aplicação de solutos, contudo, nos países subdesenvolvidos em que a taxa de incidência de infeção e mortalidade neonatal é elevada, é adequado optar pela aplicação de antissépticos.
Conclusões: Em países desenvolvidos como é o caso de Portugal, sugere-se a implementação na prática clínica das intervenções de enfermagem o uso da técnica dry care, de forma a diminuir o tempo de queda e o risco de infeção nos cuidados ao coto umbilical do recém-nascido.
É durante o puerpério que o Enfermeiro ESMO cuida do RN de forma a promover o bem-estar e potenciar a sua saúde, incluindo os cuidados ao coto umbilical. Parece existirem diferentes práticas nos cuidados ao coto umbilical do RN, que se caraterizam pela não uniformização e nem sempre baseadas em evidência científica. Na prestação de cuidados surgem, às vezes, dúvidas. A primeira premissa para sanar estas questões, baseia-se no recurso à evidência, sendo a prática baseada na evidência a mais aceite e deverá ser praticada.