A exigência de rigor orçamental obriga a uma racionalização de recursos e da despesa onde se inclui a redução da despesa em saúde nomeadamente com os medicamentos. Várias políticas públicas têm contribuindo para a redução e controlo desta despesa embora pouco se conheça sobre o impacto da redução nos indicadores de saúde da população abrangida. Assim, analisa-se a evolução da despesa per capita em medicamentos e seu impacto na evolução dos indicadores de saúde na União Europeia recorrendo a dados internacionalmente comparáveis e através da metodologia de dados em painel que combina informação estatística temporal e cross-section. Concluiu-se que existe uma relação entre a variação na despesa por pessoa em produtos farmacêuticos e a variação observada nos indicadores de saúde e que alguns indicadores de saúde apresentam o mesmo padrão de evolução ao longo do tempo, independentemente do país em análise, enquanto outros apresentam uma evolução dependente de características específicas de cada economia.