Autoperceção do corpo ideal em estudantes do ensino superior
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resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a autoperceção da imagem corporal e do corpo ideal em estudantes do ensino superior e relacioná-la com o género e o estado nutricional.
Realizou-se um estudo transversal, com 97 estudantes que frequentavam o curso superior de Desporto numa Instituição de Ensino Superior Público do Interior Norte de Portugal. A recolha de dados foi efetuada entre os meses de maio e junho de 2011. Para avaliar a perceção da imagem corporal atual e ideal foi utilizada a Escala de Silhuetas proposta por Tiggemann & Wilson-Barret. O estado nutricional foi avaliado com base no Índice de Massa Corporal de acordo com critérios da Organização Mundial de Saúde.
Resultados: A amostra era maioritariamente do género masculino 76,3% (74), com idades compreendidas entre 18 e os 33 anos e uma média de 21,3 anos (DP± 2,87). A prevalência de insatisfação com a imagem corporal foi de 51,5% (65,2% nas mulheres vs. 47,3% nos homens). As mulheres em comparação com os homens ambicionam, em maior número, ter uma silhueta menor (60,9% vs. 29,7%). Verificou-se que há mais homens do que mulheres a desejar ter uma silhueta maior do que a atual (17,6% vs. 4,3%). Nas mulheres a silhueta 4 foi apontada como sendo a atual (56,5%) e a silhueta 3 como a ideal (65,2%). Nos homens a silhueta 3 e 4 foi apontada pela maioria (55,4%) como sendo a atual e a desejada foi a silhueta 4 (58,1%). Verificou-se que o Índice de Massa Corporal esteve associado à autoperceção da imagem corporal. São os estudantes com excesso de peso ou obesos que, em maior número, estão menos satisfeitos com a sua imagem corporal (Χ2=10,091; p=0,037 <0,05).
Conclusões: A perceção do corpo idealizado e a insatisfação com a autoimagem entre os estudantes tem diferentes motivações conforme o género.