Bullying escolar: contributos para a formação dos assistentes operacionais
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resumo
Este estudo misto, transversal e exploratório foi realizado com assistentes operacionais e teve como
objetivos (i) analisar as suas práticas em situações de bullying escolar; e (ii) identificar as
necessidades formativas para uma melhor capacitação destes profissionais. Para a recolha de dados
foi utilizado um questionário elaborado para o efeito com base na revisão da literatura. Colaboraram
82 assistentes operacionais, a exercer funções em escolas de 1º Ciclo do Ensino Básico ao Ensino
Secundário de uma cidade do norte e interior de Portugal. Os respondentes eram maioritariamente do
sexo feminino (78,1%), com idade igual ou inferior a 55 anos (52,4%), casados/união de facto (67,8%)
e com o ensino secundário (64,6%). A maioria indicou intervir em situações de bullying (78,1%), não
diferindo a sua atuação em função do perfil sociodemográfico, nem da frequência de ações de
formação/sensibilização em torno desta temática. Os dados revelaram ainda uma disparidade de
procedimentos e a inexistência de uma intervenção padronizada em situações de bullying. Importa
realçar que, em igual percentagem (69,5%), os respondentes indicaram ser di_cil a supervisão dos
espaços escolares, e a necessidade de frequência de ações de formação sobre o bullying. Neste
âmbito o Educador Social pode desempenhar um papel primordial contribuindo para a formação
profissional dos assistentes operacionais, fomentando o desenvolvimento de capacidades de
observação e de monitorização das ocorrências de bullying, no âmbito de um protocolo de
identificação deteção e atuação claro e do conhecimento de toda a comunidade escolar. A prevenção
e intervenção no bullying requer ações planeadas e sistematizadas que vão além da díade autor-alvo
e que devem envolver toda a comunidade educativa.