Determinantes sociodemográficas das preferências do consumidor em relação ao mel numa região do Norte Interior de Portugal
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resumo
A apicultura é uma atividade com impactos sociais, económicos, ambientais e medicinais
benéficos (Zamberlan & Santos, 2010; Mogib et al., 2011). Assume, atualmente, um papel
fundamental na sustentabilidade das economias das regiões rurais mais desfavorecidas sendo
considerada uma alternativa económica viável para a população rural. O mel é o produto da
colónia mais conhecido e para a grande maioria dos apicultores o principal, senão o único,
objetivo da exploração apícola (GPP, 2016).
A apicultura é uma atividade com impactos sociais, económicos, ambientais e medicinais benéficos (Zamberlan & Santos, 2010; Mogib et al., 2011). Assume, atualmente, um papel fundamental na sustentabilidade das economias das regiões rurais mais desfavorecidas sendo considerada uma alternativa económica viável para a população rural.
A presente investigação teve como objetivo identificar os determinantes das preferências do consumidor, em relação ao mel, para que se possam desenvolver estratégias eficazes que se destinem a aumentar a competitividade económica dos apicultores a nível regional, nacional e internacional. Foi realizado um estudo quantitativo, observacional, transversal e analítico. Para a recolha de dados, que decorreu de março a maio de 2016, utilizou-se um questionário desenvolvido por Ribeiro et al. (2009) que foi administrado diretamente a consumidores do concelho de Bragança. Os fatores que influenciaram as preferências do consumidor em relação ao mel foram determinados usando o modelo de regressão logística multinominal. Foi recolhida uma amostra não probabilística constituída por 474 indivíduos. Os respondentes tinham idades compreendidas entre os 18 e 99 anos. A maioria ou uma percentagem expressiva era do género masculino (57,1%), vivia em meio urbano (55,9%), estava no ativo (47,4%), tinha habilitações literárias ao nível do ensino superior (41,7%), fazia parte de um agregado familiar constituído por 4 elementos (38,0%) com um rendimento familiar até 999 euros (51,5%). Do total de respondentes, a esmagadora maioria era consumidora de mel (87,4%), sendo que o mel preferido era o nacional por consideram ser melhor em termos de paladar e qualidade. Foram identificados como determinantes sociodemográficas das preferências do mel, o género, a ocupação profissional e o rendimento do agregado familiar.
