Satisfação profissional dos enfermeiros com formação em enfermagem de reabilitação
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resumo
A satisfação profissional está fortemente relacionada com a qualidade de vida dos profissionais, com a sua produtividade e com o sucesso das instituições. Na área da saúde, a diminuição da produtividade e da qualidade dos serviços influência o nível de saúde das populações. Estudos recentes indicam que grande parte dos enfermeiros não estão satisfeitos com o trabalho. Os cuidados prestados pelos enfermeiros com formação em enfermagem de reabilitação (ER), conduzem a ganhos em vários contextos das organizações de saúde. Conhecer o nível de satisfação profissional dos enfermeiros com formação em ER e identificar fatores capazes de a afetar, pode ajudar a definir políticas organizacionais que promovam a satisfação destes profissionais de saúde e aumentem os ganhos em saúde da população e o sucesso organizacional.
Objetivos: Avaliar o grau de satisfação profissional dos enfermeiros com formação em ER e identificar fatores capazes de afetar essa satisfação.
Material e Métodos: Estudo descritivo-correlacional. Aplicou-se um questionário, através da plataforma google forms, que integrava a Escala de Satisfação Profissional (Pereira, 2010).
Resultados e conclusões: Participaram 119 enfermeiros com formação em ER; maioritariamente do sexo feminino (63%); entre 26 e 64 anos de idade; casados ou em união de facto (65,5%); 69,7% trabalham há mais de 10 anos; 59,7% têm contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado e 58,8%, trabalha por turnos. Quanto à Satisfação Profissional, obteve-se a classificação de ‘Razoável’ tanto no global como nas 5 dimensões: Autonomia e Reconhecimento Profissional; Supervisão; Remuneração e Progressão na Carreira; Ambiente e Relações Laborais; Condições de Trabalho. Identificou-se possível associação entre o ‘Tempo de Experiência Profissional’ e as dimensões ‘Autonomia e Reconhecimento Profissional’ (X2=9,64; p=0,008), e ‘Ambiente e Relações Laborais’ (X2=6,59; p=0,04). Conhecer o grau de satisfação dos enfermeiros com formação em ER pode e deve ajudar a desenvolver políticas organizacionais que promovam a qualidade de vida laboral e a satisfação destes profissionais, traduzindo-se em ganhos em saúde e sucesso das instituições.
